Sílvia Mendes, a mulher abatida a tiro na segunda-feira de manhã em Felgueiras, foi a 13.ª vítima mortal da violência conjugal este ano. Dois dias antes, foi Celestina Ferreira que, em Arouca, morreu às mãos de um marido ciumento. O ano ainda não chegou a meio e o número de mulheres assassinadas pelos maridos já quase atingiu o de 2021. Foram 16.
O total de femicídios do primeiro trimestre deste ano foi contabilizado pela Comissão para a Igualdade de Género (CIG) e foi feita com base em estatísticas da Polícia Judiciária. Nos primeiros três meses do ano, morreram oito mulheres. Daí, até ontem, o JN contabilizou pelo menos mais cinco mortes em contexto de violência doméstica. Ao todo: 13 femicídios em menos de meio ano. O número parece indicar que, depois de um ano atípico com 16 vítimas (27 mortes em 2020), o fim em definitivo do confinamento prepara-se para trazer de volta mais casos trágicos, como o de Felgueiras.
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