Guerra na Ucrânia abre esquema que a ditadura venezuelana tentará aproveitar para se posicionar após anos de sanções.
No último 6 de março, uma delegação do governo de Joe Biden viajou a Caracas para se encontrar com Nicolás Maduro. A visita foi mais uma das que os diplomatas ocidentais estão realizando a diferentes potências petrolíferas a fim de incrementar a injeção de hidrocarbonetos no mercado energético global para compensar a escassez causada pelas sanções contra a Rússia.
Estes movimentos implicaram numa aproximação com regimes pouco democráticos e conhecidos pelo seu histórico precário em matéria de direitos humanos, tais como o Turquemenistão, a Nigéria, a Arábia Saudita e a própria Venezuela.
Este encontro “exploratório” evidencia a disposição de Biden de deixar de lado a “transição energética” face a uma eventual escassez de petróleo, a poucos meses das eleições legislativas de novembro de 2022. Mas, por outro lado, o diálogo direto dos representantes diplomáticos com o regime de Maduro também revela uma mudança na política externa em relação à Venezuela, apesar de que a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, insistiu em não reconhecer Nicolás Maduro como líder da Venezuela.
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