Gustavo Tato Borges disse à agência Lusa que nesta altura é normal haver casos de gripe, mas sublinhou que “haver tantos casos de gripe A não é tão frequente”.
“A propagação da doença acaba por ser relativamente normal, mas este ano estamos a detetar mais casos do que habitual em Portugal”, disse.
O especialista lembrou o surto ocorrido na zona de Leiria com “uma dimensão bastante grande”, que atingiu mais de 60 jovens e estava a ser investigado pelas autoridades de saúde da região Centro, para além dos relatos de infeção por gripe A espalhados pelo país.
O presidente da associação observou que a vacinação contra a gripe voltou a contemplar este ano a proteção contra a gripe A, mas referiu que a cobertura vacinal fica mais restringida aos grupos de risco, sendo que “há muitas crianças, jovens e adultos que não foram vacinados”.
Para prevenir a gripe A, bem como outras infeções respiratórias, Gustavo Tato Borges aconselhou o uso da máscara em situações de maiores aglomerados populacionais, a etiqueta respiratória, não ir trabalhar com sintomas gripais, a lavagem frequente das mãos e a vacinação.
Recordou que o efeito destas medidas se refletiu no ano passado em que a gripe foi praticamente inexistente.
Contactada pela Lusa sobre alegados surtos em escolas, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo afirmou que “os alegados casos de gripe sazonal – subtipo A foram identificados num contexto comunitário, não associado a nenhuma escola em específico”.
“Reforçamos que a atividade mantém um nível semelhante ao ano passado, incluindo a circulação de diversos vírus respiratórios, entre os quais a gripe sazonal – subtipo A”, sublinhou numa resposta escrita à Lusa.
Também contactado pela agência Lusa, o presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, Nuno Jacinto, afirmou que os casos de “não serão algo de anormal”.
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