Início Manchete A “mais valiosa joia” na coroa de Fátima é uma bala

A “mais valiosa joia” na coroa de Fátima é uma bala

As comemorações dos 375 anos da coroação de Nossa Senhora da Conceição como Padroeira de Portugal está a despertar a curiosidade sobre as três coroações de imagens da Virgem de Fátima que já houve no país.

“Em Portugal, há várias coroas muito simbólicas, a começar pela coroa de Nossa Senhora da Conceição, de Vila Viçosa, a coroa de Nossa Senhora do Sameiro, que é também muito importante, porque foi uma coroação feita por um legado do papa e, depois, a coroa de Fátima, que é também por um legado do papa a coroação”, disse à agência Lusa Marco Daniel Duarte, presidente da comissão organizadora do congresso “Mulher, Mãe e Rainha. Nos 375 anos da Coroação de Nossa Senhora da Conceição como Padroeira de Portugal”, a realizar de 24 e 26 de março, em Fátima, e no dia 27, em Vila Viçosa.

A coroa de Fátima é aquela que tem, ao longo dos últimos anos, suscitado maior interesse por parte dos fiéis.

“É feita com as peças que foram recolhidas pelas mulheres portuguesas que, deliberadamente, agradecendo o dom da paz – um tema muito atual -, ofereceram as suas joias, os seus pequenos tesouros, para a constituição de uma coroa a oferecer à Nossa Senhora de Fátima”, contou o historiador, também diretor do Departamento de Estudos do Santuário de Fátima.

A coroa “foi feita em 1942, mas nesse ano o mundo estava em guerra e o bispo de Leiria entendeu que não deveria ser o momento de coroar a Virgem de Fátima. Então, aguarda-se por 1946 para que essa coroação possa ser feita”, lembrou, acrescentando que o papa Pio XII foi convidado a visitar Portugal para esse momento solene.

Porém, “nessa altura, o papa não sai do Vaticano, não tem essa tradição, que é uma tradição inaugurada só com os seus sucessores, e envia um legado com os poderes máximos para coroar a Virgem de Fátima. E vai, de facto, coroá-la como Rainha da Paz e Rainha do Mundo”, sublinhou Marco Daniel Duarte, recordando que “essa coroa constituída por essas joias, mais tarde, viria a ter mais um símbolo, também de paz e de guerra. Precisamente a bala que atingiu o papa João Paulo II no atentado do dia 13 de maio de 1981, na Praça de São Pedro“.

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