O Exército da Ucrânia e os separatistas pró-russos acusaram-se esta sexta-feira, em Kiev, mutuamente de novos bombardeamentos no leste do país, onde a guerra se prolonga de facto desde 2014.
As autoridades ucranianas referem 20 violações do cessar-fogo pelos separatistas pró-russos durante a noite, enquanto as milícias pró-russas acusam as Forças Armadas de Kiev de terem efetuado 27 disparos nas últimas horas.
O ministro da Defesa ucraniano já veio dizer que as forças armadas não pretendem atacar os separatistas do leste do país ou lançar uma operação para recuperar a península da Crimeia, que foi anexada à Rússia.
“A Ucrânia está a intensificar as suas defesas. Mas não temos intenção de conduzir operações militares contra os separatistas do leste ou contra a Crimeia”, disse Oleksiy Reznikov, citado pela AFP, no parlamento.
Em 2014, a Rússia invadiu o leste da Ucrânia e anexou a Península da Crimeia sendo que a guerra na região de Donbass provocou até hoje mais de 14 mil mortos, de acordo com as Nações Unidas.
Esta semana, a Câmara Baixa do Parlamento russo (Duma) aprovou um apelo dirigido ao presidente russo Vladimir Putin para reconhecer a independência dos territórios separatistas da Ucrânia, numa altura em que se verifica uma elevada concentração de tropas de Moscovo na zona de fronteira.
O reconhecimento da independência destes territórios pode significar o fim dos acordos de Minsk, firmados em 2015 sob a mediação da França e da Alemanha.
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