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Bolsa de Hong Kong volta a suspender transações do grupo Suncity

Lusa

A transação de ações do grupo Suncity de Macau na Bolsa de Valores de Honk Kong voltou hoje a ser suspensa pouco antes do início da sessão

A Bolsa de Hong Kong voltou a suspender as transações da Suncity. A negociação das ações já tinha sido suspensa na segunda-feira. No dia seguinte, as ações do maior angariador do mundo de grandes apostadores caíram 42%. E as restantes operadoras também sofreram perdas significativas, com a queda a repetir-se hoje, a meio da sessão, sendo a operadora Wynn a mais penalizada (-7,05%).

A Bolsa de Hong Kong suspendeu as ações da Suncity depois de todas as salas de jogo VIP em Macau terem sido encerradas. As salas do Suncity, presente em mais de 40% dos casinos do território, fecharam às 00:00 (16:00 de terça-feira em Lisboa).

Na segunda-feira, as autoridades de Macau determinaram a prisão preventiva do diretor-geral do grupo Suncity, Alvin Chau, anunciou o Ministério Público (MP).

O MP verificou, na sequência da investigação preliminar, a existência de indícios suficientes da prática dos crimes de participação em associação criminosa (punível com pena de prisão até dez anos), chefia de uma associação criminosa (até 12 anos de prisão), branqueamento de capitais (até oito anos de cadeia) e de exploração ilícita do jogo (até três anos).

A decisão foi tomada após interrogatório de 11 arguidos, detidos no sábado, e dada “a gravidade da natureza dos referidos crimes, nomeadamente o seu enorme impacto e abalo causados à exploração lícita do setor do jogo de Macau e à estabilidade da ordem financeira” do território, indicou o MP, em comunicado.

Em 2019, no curso de uma investigação, a Polícia Judiciária de Macau detetou a existência de um grupo criminoso a aproveitar as operações das salas VIP para criar redes de plataformas de jogo para angariar residentes do interior da China para jogo ‘online’ ilícito.

Na sexta-feira, a procuradoria da cidade de Wenzhou, no leste da China, tinha pedido a Alvin Chau para se entregar às autoridades e cooperar com a investigação.

Chau desenvolveu uma rede de pessoal no interior da China, para organizar visitas a salas de jogo no exterior e participar em atividades de jogo ‘online’ transfronteiriças, de acordo com uma nota das autoridades chinesas.

O diretor-geral do Suncity é acusado de estabelecer uma empresa de gestão de ativos na China continental para facilitar a troca de ativos por fichas de jogo, de forma a contornar o restrito controlo de saída de capitais no continente e facilitar a cobrança de dívidas contraídas pelos clientes.

Chau também terá criado uma plataforma ‘online’ de jogos de azar nas Filipinas e em outros locais, em 2016, visando facilitar o jogo transfronteiriço.

A polícia de Wenzhou apurou ainda a utilização de canais ilegais, como bancos clandestinos, no fornecimento de serviços de liquidação de fundos para apostadores.

Chau terá aliciado, no total, 80 mil apostadores do continente.

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