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Lula da Silva diz esperar que protestos de rua impulsionem destituição de Bolsonaro

O ex-presidente brasileiro Lula da Silva disse na quarta-feira que espera que “manifestações de rua” ajudem a pressionar a Câmara dos Deputados do Brasil a abrir um processo de destituição contra o atual mandatário, Jair Bolsonaro.

Na rede social Twitter, Lula da Silva felicitou ainda os envolvidos na redação de um “super pedido” de destituição de Bolsonaro, que foi entregue na quarta-feira à Câmara dos Deputados.

“Parabenizo as forças de oposição ao Bolsonaro e os movimentos sociais que conseguiram unificar os mais de 120 pedidos de ‘impeachment’ [destituição] para pressionar o Lira [presidente da Câmara dos Deputados]. Espero que as manifestações de rua convençam o presidente da Câmara a colocar em votação”, defendeu o histórico líder do Partido dos Trabalhadores (PT) no Twitter.

Centenas de milhares de brasileiros, que já foram às ruas em massa nos dias 29 de maio e 19 de junho para protestar contra o Governo de Bolsonaro, foram mais uma vez convocados por partidos políticos de esquerda, movimentos sociais e centrais sindicais para novas manifestações no próximo sábado.

Os protestos pedem, acima de tudo, que Jair Bolsonaro seja destituído do cargo de Presidente do Brasil devido às suas alegadas falhas na gestão da pandemia e posicionamento negacionista em relação à gravidade da covid-19, que já fez 518.066 mortes e mais de 18,5 milhões de casos positivos.

Num momento em que o Governo brasileiro é atingido por denúncias de alegada corrupção na compra de vacinas contra a covid-19, vários partidos, parlamentares da oposição, ex-aliados, movimentos sociais e entidades da sociedade civil entregaram na quarta-feira na Câmara dos Deputados do Brasil um “super pedido” de destituição do chefe de Estado brasileiro.

O documento consolida argumentos já apresentados nos mais de 120 pedidos de destituição contra Bolsonaro já apresentados à Câmara dos Deputados.

As recentes suspeitas de corrupção no contrato de compra da vacina indiana Covaxin são citadas no pedido, que aponta também interferência indevida na Polícia Federal para a defesa de interesses pessoais e familiares; de agravar a pandemia com práticas negacionistas e agressões ao direito à saúde, entre outros.

Cabe ao presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira, eleito para o cargo com o apoio de Bolsonaro, decidir se aceita ou não o pedido.

De acordo com a Constituição brasileira, o líder da Câmara dos Deputados tem o poder exclusivo de avançar com um processo de ‘impeachment’ contra um chefe de Estado, cenário que parece estar mais distante, após a renovação das mesas diretivas do parlamento, agora lideradas por dois aliados de Bolsonaro.

Já Lula da Silva lidera a corrida eleitoral de 2022 para a Presidência do país, segundo as últimas sondagens, e derrotaria Bolsonaro numa primeira volta.

Apesar de nem Lula, nem Bolsonaro, terem confirmado oficialmente que serão candidatos em 2022, ambos já admitiram essa possibilidade.

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