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Bienal de Veneza recorda os tempos do fascismo

Michele Oliveira

Na edição de 2020, o ano do cancelamento generalizado, um evento escolhe o passado sombrio para mostra. Em 1895 estreava-se a Bienal de Veneza, que se viria a tornar um dos acontecimentos culturais mais relevantes no mundo

Logo na entrada, um cartaz mostra, num desenho de tons suaves, a proa sinuosa típica da gôndola veneziana envolta por rosas, pelo mar e pela programação da primeira exposição internacional de arte de Veneza —uma festa com serenatas, concertos, espetáculos teatrais, competições esportivas e de fogos de artifício. O ano era 1895, e assim estreava o evento cultural que se tornaria um dos mais relevantes do mundo.

Mas basta dar cinco passos dentro da mostra “Le Muse Inquiete – La Biennale di Venezia di fronte alla storia” (as musas inquietas —a Bienal de Veneza diante da história) para constatar que a frugalidade ficaria restrita aos primeiros dos 125 anos da instituição, que, além das artes visuais, congrega hoje os rumos do cinema, do teatro, da arquitetura, da música e da dança.

Já na primeira das 13 salas do pavilhão central dos Giardini se desfaz a impressão acolhedora causada pelo cartaz inicial. Uma tela grande escancara em vídeo a chegada de Adolf Hitler à Veneza para encontrar Benito Mussolini em 1934, durante a 19ª edição da Bienal de Arte.

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