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2020: Natal sem brilho

A pandemia de Covid-19 destruiu o natal da cidade de Yiwu, na China. Esta cidade, num ano normal, produz 80% dos produtos natalícios a nível mundial. Hoje, a história é diferente.

Em declarações à Reuters, Luo Jingjing, uma das proprietárias da fábrica Yiwu Fue Christmas disse que “não há maneira de salvar este ano”, depois de ter perdido metade dos clientes com a crise do novo coronavírus.

“Se o vírus voltar quando o clima ficar mais frio, as vendas do próximo ano também estarão acabadas”, desabafou.

Yiwu é uma autêntica fábrica natalícia. Durante o ano inteiro, desde decorações a brinquedos, a cidade localizada no este da China exporta para todo o mundo.

O ano passado exportou 278 mil milhões de dólares norte-americanos em produtos desde janeiro a outubro. Relativamente ao período homólogo de 2018, as vendas tinham crescido cerca de 23%.

Com a pandemia, a entrada de estrangeiros e turistas num país que, tradicionalmente, não tem o costume de celebrar o natal, teme-se o pior.

“Não é comparável o fluxo de clientes que temos tido este ano”, disse Liu Jufang, rodeade de árvores de natal num centro comercial gigante. “Os estrangeiros não podem entrar na China. O mercado está vazio”.

Mesmo não tendo produzido nas quantidades do ano passado, muitos comerciantes estão com excesso de stock. Encontrar vendedores açternativos tem sido difícil. As plataformas de e-commerce domésticas não têm interesse no natal, dado o contraste cultural. Para lá das fronteiras, empresas como a Amazon ou a AliExpress não consideram que as quantidades justifiquem o custo de transporte.

Yue Yuanyuan passa a maioria do seu tempo em videoconferências com potenciais clientes, com um tradutor para ajudar a mostrar os produtos que tenta vender.

“Temos de trabalhar muito mais este ano para arranjar clientes”, disse à Reuters.

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Meio de comunicação social generalista, com foco na relação entre os Países de Língua Portuguesa e a China

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