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Historicamente neutra, Suíça faz referendo para aprovar compra de caças

Eleitores votam no domingo (27) proposta bilionária para formar nova esquadrilha de aviões de guerra

Suíça lutou pela última vez em uma guerra há mais de 200 anos e não tem inimigos estrangeiros, mas o governo planeja gastar 6 bilhões de francos suíços (R$ 35,8 bilhões) na aquisição de novos aviões caças.

A decisão, porém, caberá à população. No próximo domingo (27), os eleitores votarão em um referendo para aprovar —ou não— o financiamento.

Se receber o aval público, o governo deve decidir entre quatro modelos de aeronaves de guerra: o Eurofighter, da Airbus, o Rafale, da Dassault, o F/A-18 Super Hornet, da Boeing, ou o F35-A Lightning II, da Lockheed Martin.

Os caças escolhidos devem substituir a esquadrilha suíça composta por 30 aviões F/A-18 Hornets, considerados antigos e que sairão de serviço em 2030.

Muitos se opõem à ideia, dizendo que a Suíça não pode pagar nem precisa de aviões de guerra de última geração para defender o território alpino que um jato supersônico pode cruzar em 10 minutos.

“Quem é nosso inimigo? Quem está atacando um país pequeno e neutro, cercado pela Otan [aliança militar ocidental]?”, questiona a parlamentar Priska Seiler Graf, membro do Partido Social Democrata, de esquerda. “É realmente absurdo.”

Para ela, os modelos considerados são “brinquedos caros”, e o país poderia optar por aeronaves mais baratas, como o M346, da empresa italiana Leonardo.

“Precisamos de aeronaves novas, isso não é contestado, mas seria suficiente comprar aeronaves mais leves e simples”, afirma Graf. “Seria melhor ter um Fiat do que um Maserati.”

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