Em reação ao reconhecimento de que há “algumas ações de guerrilha” em Cabinda por parte do general Pedro Sebastião, os guerrilheiros da FLEC-FAC convidam o general Pedro Sebastião a ir visitar uma das suas bases militares para ter noção da “dimensão” do conflito
Em resposta às afirmações feitas hoje pelo general Pedro Sebastião, ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente João Lourenço, de que há “algumas ações de guerrilha” na província, os guerrilheiros da FLEC-FAC lançaram um comunicado. No documento, fazem uma interpretação muito livre do que disse o general, a quem louvam o “momento de lucidez” por reconhecer “a existência de guerra em Cabinda”.
De sublinhar que o general Pedro Sebastião não reconheceu a guerra em Cabinda, apenas “aqui e acolá algumas ações de guerrilha”, tendo insistido até em que há uma “paz efetiva” na região, como disse ao Novo Jornal.
Uma guerra também de palavras., de informação e contrainformação. No comunicado, a FLEC-FAC volta a referir que apesar de “reconhecer a existência da guerra em Cabinda”, o general e ministro de Estado desconhece “a realidade da dimensão da guerra” na província rica em diamantes.
Nesse sentido, os guerrilheiros aproveitaram para lançar um convite ao governante. “A fim de corrigir a sua lacuna, ou falta de informação, e poder inteirar-se da realidade, a FLEC-FAC convida oficialmente o general Pedro Sebastião, ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República de Angola, a visitar uma das bases militares da FLEC-FAC no interior de Cabinda e longe das fronteiras”.
Para o efeito, “a FLEC-FAC promete garantir a segurança do general Pedro Sebastião durante a sua permanência em Cabinda, assim como lançará um apelo à
população de Cabinda para abster-se de qualquer manifesto de hostilidade contra o general Pedro Sebastião por ser um dos representantes da potência colonial que ocupa Cabinda”.
Resta saber se o general Pedro Sebastião vai ou não aceitar o convite da guerrilha que luta pela independência de Cabinda.