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Bahia, locomotiva do desenvolvimento

O mundo sofre os impactos de uma crise sanitária sem precedentes: a pandemia da Covid-19. A Bahia, evidente, não está imune aos danos, sobretudo na economia. Mas o Governo do Estado tem dedicado esforços estratégicos para vencer o grave problema de saúde pública, de forma exemplar. Na economia, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, a qual recebi a honrosa missão do governador Rui Costa em conduzi-la, se prepara para a retomada do desenvolvimento pós-pandemia.

Essa preparação envolve um comitê estratégico e interdisciplinar, criado para elaborar o plano de ação. E com todo potencial que o estado possui, não será difícil vencer a crise econômica. Cito alguns exemplos estruturantes que serão decisivos para esse crescimento tão logo o coronavírus seja superado.

Vinda de Portugal, a Euroeste, no município de Barra, região do Médio São Francisco baiano, está implantando, em uma área de 7 mil hectares, um empreendimento que viabilizará o desenvolvimento integrado e sustentável da cadeia de suínos. O objetivo é cuidar de toda segurança alimentar, plantio, chegando até o frigorífico de abate.

Com uma sólida política de incentivos fiscais e ambiente de negócios favorável, a Bahia é líder nacional na produção de energias renováveis. O estado é responsável pela geração de 37,3% por fonte eólica e 31% por fonte solar fotovoltaica no Brasil. São 170 parques de energia do vento e 29 do sol, em operação, e outros 123 em processo de construção, o que resultará em R$ 14,7 bilhões em novos investimentos e mais 54,5 mil empregos.

Nas PPP (Parcerias Público-Privado), temos obras de grande importância já licitadas, como o VLT do Subúrbio e a Ponte Salvador-Ilha de Itaparica, ambos empreendimentos serão conduzidos por empresas chinesas e contribuirão para uma melhor mobilidade da capital e de todo o interior, propiciando também o desenvolvimento de uma diversificada cadeia produtiva e elevando a arrecadação fiscal do Estado. Tem ainda a ponte Ilhéus-Pontal, já em fase de finalização, e a ponte Barra-Xique Xique, que inicia com a requalificação de 550 km de rodovia da BA 052 saindo de Feira de Santana até Xique-xique, que propiciarão o escoamento da produção baiana – agrícola, pecuária e mineral. 

A Bahia também é líder nacional na produção de 11 bens minerais e conta com outra grande obra em andamento: a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), que já tem 70% da primeira fase concluída e agora a Valec, empresa responsável pela obra, fechou parceria com o Exército Brasileiro para continuidade do traçado. Alinhada à construção do Porto Sul, a Fiol deverá render R$ 500 milhões em arrecadação de Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), por ano, para a Bahia. Os municípios por onde passa a produção dos bens minerais são beneficiados com 15% desta arrecadação.

Voltando ao Médio São Francisco, a SDE está atraindo investidores para o Polo Bioenergético e Sucroalcooleiro, que vai implantar 10 usinas de açúcar, etanol e energia de biomassa, e gerar cerca de 50 mil postos de trabalho. Já há uma usina em implantação, do Grupo Paranhos, e outras três em processo para assinatura de protocolo de intenções.

Para se ter uma ideia, mesmo em meio à pandemia, este ano a SDE já assinou 23 protocolos de intenções com empresas que querem se instalar ou ampliar suas atividades na Bahia. Juntas, aportarão R$ 1,6 bilhão e podem gerar até 1,4 mil novas vagas de emprego.

Se o  Brasil fosse um trem, a Bahia estaria ensaiando deixar de ser vagão e se tornar locomotiva. Esta é a nossa meta. O estado era o 24.º vagão, passou para 14.º e, eu sempre digo, São Paulo que se segure, pois estamos trabalhando para passá-lo. A Bahia vai se tornar um farol de desenvolvimento para todo o país.

*Vice-governador e Secretário de Desenvolvimento Económico da Bahia, no Brasil

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