Início » Ceará de portas abertas

Ceará de portas abertas

O Governo brasileiro do Ceará marcou presença na Feira Internacional de Macau (MIF, na sigla inglesa) pela primeira vez e promete voltar para o ano.

Este ano foram lançadas as sementes para colher oportunidades de negócio com Macau e China Continental nos próximos anos, sublinham representantes do Governo do Estado localizado no Nordeste do Brasil. Uma das cartas fortes para procurar atrair investimento chinês reside na localização geoestratégica da região, que, do ponto de vista logístico e portuário se apresenta como estando numa posição privilegiada para conectar a Europa e África com o continente americano. É esse o papel desempenhado pelo Porto de Pecém, administrado por uma empresa de capital misto, da qual faz parte o porto de Roterdão, a maior infraestrutura portuária marítima da Europa. Por outro lado, a capital estadual, Fortaleza, é a segunda cidade mais conectada do Brasil, com 14 cabos de fibra óptica. O aeroporto de Fortaleza também tem estado a desenvolver- -se com rotas transcontinentais. Esta foi a mensagem chave deixada por Roseane Oliveira de Medeiros, Secretária Executiva da Indústria do Governo do Estado do Ceará. Em declarações ao PLATAFORMA, reconhece que “a presença chinesa na economia local é ainda relativamente pequena” e é por isso que Medeiros vê uma grande margem de crescimento da presença de capital chinês. Uma área particularmente promissora, sublinha, é a das energias renováveis, um setor escolhido como central para um cluster industrial que já dá sinais de dinamismo. “O nordeste brasileiro, especialmente o Estado do Ceará, tem uma situação muito favorável em termos de vento e sol, pelo que temos grande interesse em atrair empresas chinesas de fabricação de equipamentos”, esclarece. Outra área em expansão diz respeito à fruticultura, que por sua vez “abre caminho para o fabrico de equipamento para a cadeia económica da irrigação”, a par da saúde, e tecnologias da informação e comunicação. A MIF é vista como palco para uma primeira abordagem. “Através de Macau podemos ter acesso ao mercado chinês, promovendo os produtos do Ceará mas também atrair capital e investimento chinês”, diz. Marta Campelo, coordenadora de promoção da Secretaria do Desenvolvimento Económico e Trabalho do Governo do Ceará, não tem dúvidas de que as relações entre o Brasil e a China “estão cada vez mais fortes”, sendo um “caminho irreversível”. A MIF constitui “um ambiente muito favorável”, tendo sido este ano deixadas “sementes fortes que vão florescer”. Com um sorriso rasgado, Campelo está certa de que para o ano os resultados serão visíveis. “Acredito que vamos voltar em 2020 já com negócios em vista”, conclui.

José Carlos Matias 25.10.2019

Contate-nos

Meio de comunicação social generalista, com foco na relação entre os Países de Língua Portuguesa e a China

Plataforma Studio

Newsletter

Subscreva a Newsletter Plataforma para se manter a par de tudo!