Francisco Ho e Kevin Ho – este último, que represento na Global Media, um dos maiores grupos de comunicação social em Portugal – dão esta semana o mote do que a ponte para a Lusofonia e a integração regional anunciam para os jovens empresários. O Fórum de Inovação e Empreendedorismo Juvenil da Grande Baía e dos Países de Língua Portuguesa tem um nome que diz tudo; faça cada um a interpretação que quiser do conceito.
Durante uma década, a elite de Macau fez de conta que não percebia. Mas a realidade impõe-se no tempo. Mais recentemente, alguns acenam nos bastidores bandeiras de exclusividade e irritam-se por verem outros seguirem o mesmo caminho. Faz parte da obsessão rentista das tribos da aldeia. Mas o futuro a todos assiste. Os mais visionários não encostam ninguém; antes puxam pelos mais distraídos, partilham experiências, contactos e capacidade; explicam e apontam para o horizonte. É essa a massa dos líderes, que são grandes porque fazem parte de um todo que querem ver maior.
O tema levanta hoje outra fratura. O medo da Grande Baía e da invasão da Mãe Pátria. A tese que partilho com Kevin Ho é a de que a força de Macau na Lusofonia será proporcional àquela que tiver na Grande Baía. De facto, a porta para a China a que temos acesso próximo. Em espelho, a importância que RAEM vier a ter na Grande Baía só cresce com as pontes para a Lusofonia.
Outubro lembra o outono; mas estamos ainda na primavera de um conceito que fará o seu caminho, para além das estações emocionais da nossa gente. O PLATAFORMA persegue todos os dias o objetivo que Francisco e Kevin Ho apontam no próximo dia 17, como a MIF volta este ano a fazer; como faz o Fórum Mundial de Economia e Turismo, o Festival da Lusofonia… ou os investimentos da CESL Asia.
Porque tudo isto se cruza no nosso caminho, apoiamos abertamente; assumimos, promovemos e partilhamos. Porque são partes de um todo no qual acreditamos.
Paulo Rego 11.10.2019