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NOVO GOVERNO COM JOGO A CAIR

 

O chefe do Executivo, reeleito para um segundo mandato a ter início em dezembro, confirma alterações na equipa governativa, mas rescusa-se a revelar já os nomes. Fernando Chui Sai On considera que a queda nas receitas do jogo faz parte de um “ajustamento saudável” no contexto da diversificação económica e rejeita qualquer reforma política que não seja aprovada por Pequim.

 

À margem da receção por ocasião das comemorações do Dia Nacional da China, Chui Sai On disse compreender o “interesse” sobre a questão, considerando contudo não ser este o momento para falar sobre o assunto, lembrando que apenas começou a trabalhar na nova equipa – cinco secretários – após ter recebido em Pequim o decreto de nomeação. Sobre a queda nas receitas casinos – em setembro, pelo quarto mês consecutivo – o chefe do Governo considerou estarmos perante um movimento de “ajustamento saudável”. É importante “melhorar a qualidade dos serviços” no turismo e infraestruturas para que seja alcançado o objetivo de transformar Macau num centro mundial de turismo e lazer, como foi preconizado pelo Governo Central, disse, que defendendo que as políticas do Governo seguem a linha de “não ter a indústria do jogo como primordial”.

No contexto das manifestações pró-democráticas em Hong Kong, Chui Sai On salienta que a “reforma e o desenvolvimento” da China “são forte apoio e fonte de estímulo” para o desenvolvimento de Macau, vincando assim a ideia de que as alterações ao sistema político dependem da aprovação de Pequim. “Com o imprescindível apoio do Governo Central, o Governo de Macau tem vindo a cumprir rigorosamente a decisão do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional relativamente ao desenvolvimento do sistema político” local, disse, referindo-se aos aumentos do número de membros da Comissão Eleitoral que passaram a eleger o chefe do Governo e do número de deputados da Assembleia Legislativa eleitos pela população, mas não referiu qualquer possível futura alteração.

O governante esclareceu ainda a propósito que, independentemente do que aconteça em Hong Kong, não há ainda para Macau qualquer previsão de novas alterações, nem sequer se sabe se, em 2019, quando for escolhido o novo líder de Governo, a receita de Hong Kong será também aplicada em Macau.

Chui Sai On garantiu por fim que as mais de 120 mil opiniões populares que lhe fizeram chegar na campanha que culminou com a sua reeleição para a chefia do Governo – era candidato único – serão utilizadas para traçar as políticas de 2015 e garantiu que a cidade está empenhada em transformar-se num centro mundial de turismo e lazer ao mesmo tempo que o Governo está atento ao desenvolvimento e regulação da indústria do jogo, dominante na economia.

 

PRIORIDADE LUSÓFONA

Entre as prioridades governativas Chui Sai On voltou a eleger a plataforma de serviços comerciais entre a China e os Países de Língua portuguesa. “Está a ser estudada e empenhadamente promovida a construção do centro de serviços comerciais para as pequenas e médias empresas dos países de língua portuguesa, do centro de distribuição de produtos comerciais dos países de língua portuguesa e do centro de exposições e convenções de cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa”, sublinhou.

Chui Sai On espera que os três centros também contribuam de “forma pragmática e eficaz para o aumento da qualidade do papel de Macau como plataforma de ligação, e para o reforço das relações de cooperação entre a China e os países de língua portuguesa”.

 

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