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Oito pedidos de candidaturas à AL de Macau validados para próxima fase

Oito pedidos de candidatura por sufrágio direto à Assembleia Legislativa de Macau foram validados pela Comissão Eleitoral, com a lista do 'capitão Macau' a ser excluída por problemas nas assinaturas recolhidas, foi hoje anunciado.

“A maior parte das assinaturas não era de eleitores que reúnem as condições, também há repetição de subscritores e assinaturas que não correspondem à do documento de identidade”, disse o presidente da Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL), Seng Ioi Man, notando ainda problemas com o logótipo da lista Ajuda Mutua Grassroots.

O líder do grupo, Wong Wai Man, conhecido como “capitão Macau” e que aparece frequentemente com um uniforme verde e uma mala com o rosto do antigo líder chinês Mao Zedong, foi, de acordo a associação Ajuda Mútua Grassroots, detido pela polícia na quarta-feira, antes do fim do prazo dado para submeter as assinaturas, que não tinham sido aceites uma primeira vez.

Na quinta-feira, a Polícia Judiciária anunciou a detenção de um homem com o mesmo apelido e idade (61) de Wong Wai Man. Também o local de detenção é o mesmo do endereço da sede da associação que este preside. No entanto, à Lusa, a PJ recusou-se confirmar se se trata do mesmo homem.

Também na quinta-feira, o Ministério Público indicou, sobre o detido, que o caso do “trabalhador local de construção civil” suspeito de exploração ilícita de jogo, “foi encaminhado” para o MP para efeitos de investigação”.

Apenas no final de julho são conhecidos os nomes que figuram na lista definitiva de candidaturas para o sufrágio direto à AL de Macau, mas o número de pedidos validados nesta fase já é bastante inferior ao de 2021.

Há quatro anos, houve 19 listas de candidatos à Assembleia Legislativa (AL), embora cinco listas e 21 candidatos – 15 dos quais pró-democracia -, tenham depois sido excluídos por “não defenderem a Lei Básica” e não serem “fiéis à RAEM [Região Administrativa Especial de Macau]”.

Questionado hoje em conferência de imprensa sobre esta redução de candidaturas, o presidente da CAEAL afirmou apenas que “é política da comissão eleitoral promover as eleições de acordo com as disposições da lei eleitoral e do calendário eleitoral”.

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