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Os mortos esquecidos da repressão de Assad

Familiares de desaparecidos fazem romaria à morgue do maior hospital de Damasco, onde 26 corpos foram recuperados nos últimos dias. Há quem procure corpos de quem nada sabem desde 2011.

Na morgue do Hospital Al-Mujtahid, em Damasco, dez corpos espalhados num chão infeto aguardam por quem os reconheça e recolha, mas nenhum deles é um dos desaparecidos na repressão de Bashar al-Assad que dezenas de familiares desesperadamente ali procuram.

Três têm nome conhecido, os outros apenas números inscritos nas fotocópias de apresentação dos cadáveres, que foram coladas na parede da morgue com as suas fotos, algumas quase irreconhecíveis. Mas sabe-se que o número 4 é Mohamed Talib, o 13 Mohanad Khaled Abdul Rahiman, e o 15 Walid Ali, que era militar.

Quem quiser conhecer o outro lado da parede pode entrar e vê-los de perto, no interior de uma câmara metálica, apenas protegida por um pequeno telheiro. Apesar de enrolados em plásticos pretos, o que sobra dos seus rostos sobre o chão de cimento ficou destapado.

A pequena morgue tornou-se nos últimos dias uma visita obrigatória para os familiares de pessoas desaparecidas durante os últimos anos da ditadura repressiva de Bashar al-Assad, que foi derrubada no passado domingo por uma coligação de grupos rebeldes armados.

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