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Macau mantém “pleno emprego” numa economia a crescer dez por cento

O aumento da atividade turística, durante as férias de verão, levou a uma melhoria ligeira na taxa de desemprego e dos rendimentos mensais, apontam os dados mais recentes da Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC)

Nelson Moura

As taxas de desemprego global, bem como a dos residentes de Macau, permaneceram virtualmente inalteradas, em 1,7 por cento e 2,3 por cento, respetivamente, em comparação com o segundo trimestre do ano, mantendo-se num nível apenas registado no início da pandemia. Por sua vez, a taxa de subemprego apresentou uma queda de 0,4 pontos percentuais, fixando-se em 1,1 por cento. De acordo com os critérios da Organização Mundial do Trabalho, trata-se de uma situação de “pleno emprego”; ou seja, uma economia na qual quem procura trabalho consegue encontrar, “em pouco tempo e com pouco esforço”.

Entretanto, a mediana do rendimento mensal para a população empregada foi de 18 mil patacas, tendo a dos residentes empregados subido para 20,5 mil patacas. O que representa, respetivamente, um aumento de 100, e de 500 patacas, relativamente ao segundo trimestre de 2024.

A taxa de desemprego atingiu um pico de 4,3 por cento em agosto de 2022, durante a pandemia, tendo decrescido gradualmente até aos atuais 1,7 por cento. Segundo as últimas estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI), a RAEM deve registar uma taxa de desemprego 1,8 por cento, tanto em 2024, como no próximo ano.

Entretanto, o FMI prevê de Macau deverá crescer 10,6 por cento este ano e 7,3 por cento em 2025, perspetivas que representam cortes relativamente às anteriores projeções, divulgadas em março e maio. Ainda assim, superiores a quase todas as outras economias da região da Ásia-Pacífico.

A nível mundial, o FMI espera um crescimento económico de 3,2 por cento, este ano e no próximo, numa abordagem prudente motivada pela desaceleração em países emergentes como China, México e Rússia.

Hotelaria puxa emprego

No terceiro trimestre de 2024, o número total de empregados atingiu 379.300, com um aumento de 2.900 pessoas; enquanto o número de residentes empregados cresceu em 700, totalizando 287.700, segundo dados da DSEC.

O setor de hotéis, restaurantes e similares viu um acréscimo de 1.700 empregados, totalizando 52.700, assim como o ramo de atividades imobiliárias e serviços prestados às empresas, que também cresceu 1.700, chegando a 31.800. Em contrapartida, o comércio a retalho enfrentou uma diminuição de 2.800 empregados, totalizando 32.900.

A RAEM deve registar uma taxa de desemprego de 1,8 por cento, tanto em 2024 como no próximo ano

Fundo Monetário Internacional

Entre julho e setembro de 2024, o número de desempregados manteve-se em 6.700, similar ao período anterior. No entanto, a proporção de desempregados à procura do primeiro emprego aumentou para 16 por cento do total; um crescimento de 1,3 pontos percentuais que reflete a entrada de recém-licenciados no mercado de trabalho. A maioria dos desempregados estava anteriormente empregada nos setores de comércio a retalho e no jogo.

A Direção dos Serviços para os Assuntos Laborais indicou recentemente que 12.251 pessoas conseguiram encontrar emprego através das sessões de emparelhamento organizadas pelas autoridades, ao longo dos primeiros dez meses do ano.

O Inquérito ao Emprego abrange todas as unidades de alojamento da Península de Macau, Taipa e Coloane, excluindo dormitórios escolares e lares de terceira idade.
Estima-se que, no período de referência, o número médio de residentes de Macau e trabalhadores não residentes que trabalhavam na Região, mas viviam no exterior, era de aproximadamente 103.700.

Ao considerar esses indivíduos, a força de trabalho total em Macau foi estimada em cerca de 489.600; o que representa um aumento de 2.800 em relação ao período anterior.

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