Das 44 obras públicas com valores acima das 100 milhões de patacas, nove têm mão da estatal chinesa Companhia de Engenharia e de Construção da China (Macau), Limitada, a subsidiária local da Companhia de Engenharia e de Construção da China, um dos maiores grupos de construção do mundo.
Segundo informações da companhia, esta emprega um quarto do total de trabalhadores da construção em Macau, ou seja, mais de três mil.
A empresa indica também existirem em média sete projetos seus por quilómetro quadrado na cidade, com 1 em cada 8 pessoas a viver num edifício construído pela Companhia de Engenharia e de Construção da China (Macau).
Neste momento, a estatal é responsável por quatro projetos de construção de habitação económica na Zona A, mais especificamente os lotes A12, A4, A2 e B8, num valor aproximado de 7 mil milhões de patacas. Recebeu também o contrato de Remodelação da Plataforma Central de Transportes do 2.º Andar da Zona do Posto Fronteiriço da Parte de Macau do Posto Fronteiriço Hengqin por cerca de 194.4 milhões, a menor quantia atribuída à companhia. No total, os cinco projetos representam cerca de 14,5 por cento do montante total, de acordo com o mais recente relatório da Direcção dos Serviços de Obras Públicas (DSOP) sobre a situação das obras públicas.
Já em consórcio com outras empresas, esse bolo sobe para 17 mil milhões de patacas, o que, feitas as contas, significa que a Construção da China (Macau) está envolvida em 35 por cento dos investimentos em curso.
Outra empresa com vários contratos em curso é a Companhia de Construção e Investimento Predial Ming Shun, com 4 obras em curso no valor total de 4.2 mil milhões, ou cerca de 8,6 por cento do total investido pela tutela de Transportes e Obras Públicas.
A companhia de Macau, liderada por Ho Kim Fung, recebeu três contratos ligados à habitação económica da Zona A, com os restantes a envolver trabalhos de fundação do Edifício de Escritórios para a Administração, no Lote 25, no NAPE, e de superestrutura da Habitação Social, na Av. Venceslau Morais.
Juntas, a Construção da China (Macau) e a Ming Shun participam em quase 44 por cento do valor total investido nas 44 obras públicas em curso, com 13 projetos.
Obras mais caras
Entre as obras que obrigam a investimentos mais avultados, as relacionadas com o metro ligeiro ocupam o topo da tabela. As obras em curso para o metro ligeiro custam mais de 12.7 mil milhões de patacas, ou 25,8 por cento do total investido nas obras em curso com valor superior a 100 milhões de patacas. Destaque também para o investimento realizado na construção da Habitação Económica na Zona A, com 15 obras em curso, excluindo edifícios complementares e outras infraestruturas. No seu conjunto, custam aos cofres do Governo mais de 20 mil milhões de patacas, ou 41 por cento do total investido nas obras em curso com valor superior a 100 milhões de patacas.