Segundo dados apresentados ontem durante a abertura da 10.ª edição da Feira Internacional de Turismo, em Maputo, pelo diretor nacional de estatísticas setoriais e de empresas do INE, Adriano Matsimbe, Moçambique recebeu em 2023 um total de 1.153.698 turistas, número que representa uma queda de 43,3 por cento face a 2019, quando foi feito o último levantamento, antes do efeito da pandemia de covid-19, tendo então registado 2.032.923 turistas.
Os dados indicam igualmente que os turistas que visitaram Moçambique gastaram mais de 52 mil milhões de meticais (744,7 milhões de euros), representando um gasto médio diário avaliado em 6.452 meticais (92 euros).
O Instituto Nacional de Estatísticas aponta que a África do Sul foi o país de origem dos turistas que mais gastaram em Moçambique, situando-se na ordem de 33,5 por cento do total, seguido de Portugal com 10,3 por cento, Reino Unido com 6,2 por cento tal como os dos Estados Unidos de América, destacando-se ainda Itália (4,4 por cento), Brasil (3,8 por cento), Índia (2,6 por cento) e China (2,3 por cento).
“Segundo a região de proveniência, os turistas do continente africano registaram o maior gasto (56,9 por cento), seguido pelos dos continentes europeu (21,1 por cento) e asiático (12,3 por cento)”, refere-se no inquérito apresentado nesta feira, acrescentando-se que os turistas provenientes do exterior entraram por 14 postos fronteiriços, dos quais cinco aéreos e nove rodoviários.
No estudo esclarece-se igualmente que 65,5 por cento de turistas visitaram Moçambique por motivos de lazer, com um total de 755.944 pessoas, seguido de visitas a familiares e amigos com 17 por cento, motivos de negócios com 10 por cento, e religião com 4,1 por cento.
Pouco mais de 75 por cento de turistas permanece no país entre quatro e 30 dias”, acrescenta-se. Na pesquisa do INE, destaca-se igualmente que a maior parte dos turistas que entraram em Moçambique têm entre 36 e 55 anos (54,1 por cento), seguido pelo grupo de 25 a 35 anos (22,4 por cento) e, por último, dos 56 a 65 anos (12,8 por cento).
Maputo recebe a partir de ontem a 10.ª edição da Feira Internacional do Turismo de Moçambique – Fikani, com a realização de exposições de feirantes e debates sobre ambiente de negócios e oportunidades de investimentos naquela área.
O evento espera receber 6.500 participantes e mais de 220 expositores, até domingo, segundo o Ministério da Cultura e Turismo, que organiza o evento. Oito países, incluindo Portugal, Espanha, Nigéria, Ruanda, África do Sul, Angola e Namíbia, confirmaram presença na feira.
Na edição de 2024, além da exposição de produtos turísticos e oportunidades de negócios, o Governo moçambicano quer promover debates sobre o turismo, criar mecanismos para oferta de serviços e pacotes promocionais de transporte aéreo, ferroviário e rodoviário e promover pacotes para passeios e estágios profissionalizantes do setor.
Plataforma com Lusa