Adeniria Moreira, brasileira que vive em Madrid há mais de 20 anos, ia no comboio que explodiu na estação de El Pozo. Como todas as manhãs, tinha saído de casa para trabalhar. Costumava apanhar o comboio das 7.30 mas, naquele dia, atrasou-se e apanhou o que passava dez minutos depois. “Entrei na estação a correr. Ia entrar na terceira carruagem mas estava cheia e entrei na da frente”, conta. Essa decisão, fruto do acaso, pode ter-lhe salvado a vida: uma das bombas explodiu na terceira carruagem a que estava no vagão onde Adeniria viajava não rebentou.
“Quando o comboio começou a andar explodiu. Ao abrir a porta vi toda a gente… perna para um lado, cabeça para o outro… a gente corria… as pessoas do meu vagão a passavam por cima das que estavam no chão… e eu corri também, saí da estação, estavam os muros caídos, tudo destruído”, recorda. “Lembro-me do fumo, do cheiro de fumaça que saia dos corpos, as pessoas queimadas, sem roupa… foi horrível… horrível”.
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