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Hong Kong oferece recompensas por captura de ativistas residentes no estrangeiro

A polícia de Hong Kong ofereceu ontem recompensas de um milhão de dólares de Hong Kong por informações que conduzam à captura de cinco ativistas residentes no estrangeiro, acusados de crimes contra a segurança nacional.

Segundo um alto funcionário do Departamento de Defesa e Segurança Nacional da Hong Kong, “as pessoas, que já fugiram para o estrangeiro, colocam seriamente em risco a segurança nacional, traíram o país, negligenciaram os interesses dos seus residentes” e continuam a fazê-lo “mesmo no estrangeiro”.

Os cinco ativistas pró-democracia são ainda acusados de incitação à secessão, à subversão e de conluio com forças estrangeiras, segundo a mesma fonte.

Um dos procurados é Simon Cheng, reconhecido ativista pró-democracia, atualmente no Reino Unido, que fundou o grupo “Hong Kongers in Britain”. As outras quatro pessoas são Frances Hui, Joey Siu, Fok Ka-chi e Choi Ming-da.

Entretanto, o chefe da diplomacia britânica, David Cameron, já criticou com veemência as recompensas oferecidas pelas autoridades de Hong Kong e considerou-as “uma ameaça” à democracia e aos direitos humanos.

“Não toleraremos qualquer tentativa da parte de uma potência estrangeira de intimidar, ameaçar ou prejudicar pessoas ou comunidades no Reino Unido. Isto é uma ameaça à democracia e aos direitos humanos fundamentais”, afirmou Cameron, em comunicado.

No texto, o chefe da diplomacia britânica especifica ainda que ordenou que a questão fosse levantada “com urgência junto das autoridades de Hong Kong e da China”.

Um dos procurados é Simon Cheng, reconhecido ativista pró-democracia, atualmente no Reino Unido, que fundou o grupo “Hong Kongers in Britain” Foto AFP

Os ativistas pró-democracia procurados vivem no estrangeiro desde que Pequim impôs uma lei de segurança nacional a Hong Kong, em 2020, reprimindo os dissidentes após os massivos protestos pró-democracia em 2019.

A lei derrubou o escudo jurídico da região administrativa especial de Hong Kong em relação à China continental, permitindo que as pessoas acusadas fossem responsabilizadas em todo o mundo, mas a autoridades de Hong Kong não esclareceram como é possível a aplicação da lei no estrangeiro.

Plataforma com Lusa

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