A morte de Bobi, um cão rafeiro alentejano, aos 31 anos e 165 dias, no dia 21 de outubro, ficou na história e correu Mundo. Nenhum outro cão tinha atingido uma idade tão avançada. As reações de espanto cruzaram-se com o ceticismo de muitos, incluindo veterinários. Seria biologicamente possível um cão viver o equivalente a 200 anos humanos? Talvez não.
Habituados a análises mais racionais, muitos veterinários questionaram a idade de Bobi junto do livro dos recordes. “Estamos cientes das questões em torno da idade de Bobi e estamos a investigá-las”, disse o porta voz do Guinness World Records ao jornal The Guardian.
“Nenhum dos meus colegas veterinários acredita que Bobi tinha realmente 31 anos. Isso equivale a um ser humano viver mais de 200 anos. Não é plausível”, disse Danny Chambers, veterinário e membro do conselho do Royal College of Veterinary Surgeons, que reúne mais de 18 mil veterinários.
O dono, Leonel Costa, sempre garantiu os bons genes da linhagem de Bobi – a mãe viveu até os 18 anos, enquanto outro cachorro da família morreu aos 22. Mas para este veterinário britânico, “alegações extraordinárias exigem provas extraordinárias e nenhuma prova concreta foi fornecida para provar a idade” do rafeiro alentejano coroado pelo Guinness em 2022.
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