O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros norte-coreano acredita que “o exército e o povo russos sairão heroicamente vitoriosos” da guerra.
A Coreia do Norte manifestou total apoio à Rússia após a rebelião do grupo paramilitar Wagner, segundo noticiou este domigo a imprensa estatal local.
Numa reunião com o embaixador russo em Pyongyang, Alexander Matsegora, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte, Im Chon Il, “expressou a sua firme convicção de que a recente rebelião armada na Rússia será reprimida com sucesso”, reportou a agência de notícias norte-coreana KCNA.
O chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, suspendeu ao final da tarde de sábado as movimentações da rebelião na Rússia contra o comando militar, menos de 24 horas depois de ter ocupado Rostov, cidade-chave no sul do país para a guerra na Ucrânia, desafiando frontalmente a autoridade do presidente russo Vladimir Putin.
Segundo a KCNA, Im Chon Il disse que “o exército e o povo russos superarão, certamente, as dificuldades e sairão heroicamente vitoriosos da operação militar especial contra a Ucrânia”.
Para Leif-Eric Easley, professor da Universidade Ewha, em Seul, citado pela agência francesa AFP, a invasão da Ucrânia por Vladimir Putin ameaça a “estabilidade do Estado russo”.
“Haverá implicações para o bloco Rússia-China-Coreia do Norte e as autoridades de Pequim e Pyongyang estão, sem dúvida, a tomar notas para evitar repetir os erros de Moscovo”, acrescentou.
A Coreia do Norte qualificou o conflito de “guerra por procuração” dos EUA, com o objetivo de destruir a Rússia, e condenou a ajuda militar ocidental a Kiev.
Enquanto membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a Rússia há muito que tem vindo a vetar novas sanções contra a Coreia do Norte devido ao seu programa nuclear e repetidos lançamentos de mísseis.