A visita de Estado do presidente francês aos Estados Unidos trouxe dois momentos fora do guião. Sem mostrar arrependimento – “os Estados Unidos não fazem qualquer pedido de desculpas” – , Joe Biden fez uma concessão a Emmanuel Macron e comprometeu-se a que legislação recém-aprovada para estimular as indústrias “verdes” seja revista, uma vez que os incentivos fiscais estão condicionados à produção doméstica.
Também na conferência de imprensa de ambos os líderes, o norte-americano disse estar disponível a reunir-se com Vladimir Putin, desde que este mostre interesse em acabar com a guerra na Ucrânia. Num caso como noutro, todavia, as boas intenções de Biden podem não passar daí. O democrata Ron Wyden, senador responsável pela comissão das Finanças e um dos responsáveis pela legislação debaixo de fogo francês, disse logo que não está interessado em remexer na lei. E o Kremlin rejeitou de forma liminar o cenário proposto pelo presidente dos Estados Unidos.
A presidência russa alegou dois motivos para as conversações entre Putin e Biden não se realizarem. Em primeiro lugar, porque o norte-americano afirmou: “Há uma forma de esta guerra acabar de forma racional: Putin retirar da Ucrânia”. Para o porta-voz Dmitri Peskov, “evidentemente” que Moscovo não vai aceitar esta condição.
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