As mais de 14 toneladas de cocaína – a valer, ao preço médio de mercado, cerca de 700 milhões de euros – que a Polícia Judiciária (PJ) apreendeu até esta semana, o recorde da década, não provocam euforia a Artur Vaz, o homem que entrou pela primeira vez há 27 anos na Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes (UNCTE) e é há cinco o seu dirigente máximo.
Comedido nas palavras e de absoluta reserva quanto ao conteúdo das investigações que levaram a esta conquista, encolhe os ombros: “para nós o mais importante é desmantelar as redes e prender os traficantes”, desabafa.
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Artur Vaz também leu o mais recente relatório da “Insightcrime”, um dos mais prestigiados think thank internacionais sobre criminalidade, segundo o qual as apreensões de cocaína correspondem apenas a entre “10 a 20%” do total que circula, principalmente em direção à Europa.
A “gota de água” que representa este recorde – que no entanto ainda não superou as 36 toneladas apreendidas no ano de 2006 – não desanima, no entanto, a UNCTE.
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