A China exortou ontem a comunidade internacional a aprofundar o conhecimento científico dos ecossistemas marinhos e costeiros para preservar mais os oceanos, mostrando-se pronta para estabelecer parcerias com países de todo o mundo e ações conjuntas
A agenda 2030 “caracteriza o mundo de hoje como interdependente e interligado como nunca antes. Só através do reforço da cooperação e da parceria globais é possível atingir os ODS” (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), defendeu o representante especial do governo chinês na Conferência da ONU sobre os Oceanos, que decorre em Lisboa.
Nesse sentido, exortou a comunidade internacional a reforçar e intensificar ações conjuntas e a assistência e cooperação, sobretudo com os países em desenvolvimento e especialmente os pequenos Estados insulares, “para reforçar a sua capacidade de desenvolvimento sustentável”.
A China anunciou, ainda, que disponibilizará um pacote financeiro para pequenos projetos de tecnologias de informação na área e prometeu “continuar a contribuir para o cumprimento dos objetivos das Nações Unidas com ações e resultados concretos”. É o caso do Centro para a Cooperação e Deteção Remota por Satélite China e África e outros projetos, através dos quais é dado apoio técnico ao ordenamento do território marítimo e assistência técnica, para acompanhamento, avaliação e alerta precoce para responder às alterações climáticas e prevenir catástrofes marinhas.
O representante da China aproveitou a ocasião para reafirmar, perante os lideres de mais de 140 países, que “há apenas uma China” e afirmar que “Taiwan é parte integrante do seu território”.
Esta é a segunda Conferência da ONU sobre os Oceanos, e desta vez é coorganizada por Portugal e pelo Quénia. Teve início esta segunda-feira e decorre até sexta-feira em Lisboa.
Espera-se que da Conferência dos Oceanos das Nações Unidas (UNOC na sigla em inglês) saia a Declaração de Lisboa, que ajude a concretizar o ODS 14, acelere o combate à poluição, e aumente a preservação da biodiversidade e sustentabilidade. Assim como que se generalize a noção da importância dos oceanos no combate às alterações climáticas.