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Governo português tem 17 mil milhões para investimentos em Sines

Filipe Costa é o presidente executivo do Conselho de Administração da AICEP Global Parques desde 2018 e já passou por São Francisco, como delegado da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) e foi cônsul Económico e Comercial de Portugal em Xangai, além de outras funções na diplomacia económica portuguesa, incluindo em Madrid. Na AICEP foi ainda Técnico dos PIN – Projetos de Potencial Interesse Nacional. A AICEP Global Parques é a empresa do Setor Empresarial do Estado especialista em gestão de parques empresariais e na prestação de serviços de localização para investimento nos setores da indústria, energia, logística e serviços em Portugal. Em entrevista, Filipe Costa falou sobre o que será o futuro da zona industrial e logística de Sines.

A maior área gerida pela Global Parques é a Zona Industrial e Logística de Sines. São 2375 ha. Sines ainda é um elefante branco?
Não. Sines já não é um elefante branco, é um grande hub logístico, energético e cada vez mais tecnológico em Portugal. Os nossos parceiros do Porto de Sines estão em franco crescimento em roll on-roll off e nós na zona logística estamos a crescer muito nas empresas instaladas – muitas delas a investir fortemente, a acrescentar investimentos a setores como a energia e indústrias intensivas em energia, a logística e agora também o novo setor das infraestruturas tecnológicas.

A estratégia passa por onde? Que investimentos terão mais força?
A estratégia passa pelo desenvolvimento dos nossos três verticais de negócios. O primeiro é a logística, e aí fundamentalmente o que fazemos é acompanhar o Porto de Sines, que está a tornar-se o grande porto de mercadorias, contando com um terminal de contentores com capacidade de handling de 2 milhões de contentores por ano, que está agora em duplicação. É um terminal gerido em concessão pela PSA Sines – uma joint venture entre a PSA de Singapura, o Porto de Sines e o armador MSA.

E vai ser duplicada a que prazo?
Até 2025. Passará da atual capacidade de 2,3 milhões de TEU (contentores de 20 pés) para 4,1 e depois pode crescer mais um pouco com automações e otimizações. A este terminal seguir-se-á um segundo, cujos termos de concurso já estão aprovados pelo governo e que será lançado em breve e irá acrescentar mais 3,5 milhões de contentores por ano. Portanto, diria que até 2030 temos uma quadruplicação da atual capacidade de movimentação de contentores para perto de 8 milhões de contentores. O que já é um valor parecido com o Porto de Hamburgo (8,5 milhões/ano). A isto acresce, dos parceiros do Porto de Sines, uma reorientação do terminal de carga a granel sólida – o terminal multipurpose, que foi agora desafetado do carvão e que tem uma nova concessão à procura de cargas, sejam minérios, agro, equipamentos ou eventualmente roll on-roll off para automóveis. Ao lado disto, na retaguarda destes tês terminais de mercadorias, estamos a desenvolver a zona de atividade logística – já sob nossa gestão. E lançámos agora um concurso para um estudo de viabilidade económico-financeira, plano de pormenor, de loteamento, projeto de infraestruturação e avaliação de impacto ambiental. Nesta nossa zona de atividade logística de Sines, acabámos de lançar um estudo de 2 milhões de euros que será cofinanciado a 50% pelo Connecting Europe Facility e que prevemos que esteja concluído em 2024.

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