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Angola quer explorar mercados europeu e americano

O estadista de Angola manifestou o interesse durante o discurso no Palácio do Governo, onde testemunhou, com o Primeiro-Ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, a assinatura dos instrumentos jurídicos de cooperação. Referiu que a ideia é unir a capacidade que Angola tem, em termos de meios aéreos, com a de Cabo Verde, que dispõe de experiência em relação à gestão aeroportuária e de aeronaves e por ter conseguido, ao longo dos anos, licença para voar em espaços que Angola não conseguiu.

“Vamos juntar as capacidades dos dois países neste domínio da aviação civil e creio que sairemos todos a ganhar”, destacou João Lourenço, para quem a base desta parceria estará em Cabo Verde. Ontem, os dois Estados rubricaram quatro instrumentos jurídicos, nomeadamente, o “Acordo de Promoção e Protecção Recíproca de Investimento”, “Acordo Bilateral sobre os Serviços Aéreos”, “Memorando de Entendimento sobre os Transportes Aéreos entre o Ministério dos Transportes de Angola e o Ministério do Turismo e Transportes de Cabo Verde” e o ” Memorando de Cooperação Técnica entre a Autoridade Nacional da Aviação Civil de Angola (ANAC) e a Agência da Aviação Civil de Cabo Verde”, aprovados na VIII Comissão Mista entre Angola e Cabo Verde, que decorreu na capital cabo-verdiana, sob a presidência dos chefes das diplomacias dos dois países, nomeadamente, Rui Alberto de Figueiredo Soares e Téte António.

Dos instrumentos jurídicos, destaca-se o da Aviação Civil, que permitiu ao Estado angolano alugar a Cabo Verde um Boeing 737-700, da nova geração, de modo a assegurar a continuidade dos serviços da companhia aérea cabo-verdiana. A aeronave chegou às primeiras horas de ontem à cidade da Praia.

“Nós não quisemos perder muito tempo. Por isso, fizemos coincidir a nossa chegada, aqui na cidade da Praia, com a chegada, também, da primeira aeronave Boeing 737-700 da TAAG que, a partir de agora, fica nos termos acordados e ao serviço dos Transportes Aéreos de Cabo Verde”, salientou o Chefe de Estado.

Frisou que, embora esteja em vigor, neste momento, o Acordo de Mobilidade na CPLP, aprovado, na vigência da presidência de Cabo Verde, não se pode falar de mobilidade sem transporte, sobretudo o aéreo, “daí a urgência de se chegar ao entendimento sobre a necessidade de se aproveitar, da melhor forma possível, as capacidades que Angola tem com as de Cabo Verde”, lamentando o facto de o progresso que se regista no domínio da aviação civil não estar a acontecer, também, em outras áreas.

“Neste domínio, Cabo Verde está à vontade e, por isso, gostaríamos de tê-lo como nosso professor, para implantarmos o Poder Autárquico em Angola, que está muito próximo de se concretizar”, admitiu, sublinhando que a proximidade entre a visita de Estado de José Maria Neves a Angola, e a sua, agora a Cabo Verde, reflecte, bem, o interesse mútuo no estreitamento da amizade, mas, sobretudo, de cooperação económica que, por razões de diversa ordem, não marcou, ao longo de décadas, passos concretos.

Disse ser tempo de corrigir este quadro, sublinhando, como sinal dessa vontade, a realização, na cidade da Praia, da VIII Reunião da Comissão Mista Angola – Cabo Verde, que não se reunia há 14 anos. “Acreditamos que, daqui para frente, o futuro será risonho para os nossos dois países”, assegurou.

No encontro com o homólogo de Cabo Verde, José Maria Neves, antes de se deslocar ao Palácio do Governo, o Chefe de Estado afirmou que é o momento de recuperar o tempo perdido, com factos e gestos concretos, para o melhoramento da cooperação económica entre ambos os países.

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