A Assembleia Geral da ONU aprovou esta quinta-feira uma resolução não vinculativa que pede a todos os Estados-membros que lutem contra a negação do Holocausto e do antissemitismo, especialmente nas redes sociais
Aprovada resolução contra a negação do Holocausto. O texto, proposto por Israel, foi elaborado com a ajuda da Alemanha e patrocinado por várias 144 dos 193 Estados que formam as Nações Unidas.
O Irã, no entanto, marcou formalmente sua oposição à resolução, afirmando que Teerã se desvinculou do texto. Na resolução se “rejeita e condena sem reservas qualquer negação do Holocausto como acontecimento histórico, seja total ou parcialmente”.
O Holocausto é a denominação do genocídio de 6 milhões de judeus europeus entre 1939 e 1945 por parte dos nazistas, seus simpatizantes e aliados.
Yair Lapid, ministro das Relações Exteriores de Israel, e sua contraparte alemã, Annalena Baerbock, saudaram em declaração comum a aprovação da resolução como prova de que a comunidade internacional “fala a uma só voz”. Preocupados com o “aumento dramático” do negacionismo, os dois ministros denunciaram “as comparações entre conflitos políticos atuais e o Holocausto”, o que constitui uma “injustiça” para as vítimas.
Dani Dayan, diretor do memorial israelense do Holocausto Yad Vashem, defendeu “esforços redobrados” para apoiar a pesquisa e o ensino sobre esse episódio sombrio na Europa.
Em um comunicado, o embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, elogiou a “resolução histórica”, negociada por vários meses. A resolução aprovada hoje “oferece pela primeira vez uma definição clara da negação do Holocausto, pede que os países tomem medidas no combate ao antissemitismo, e apela aos gigantes da internet (Facebook, Twitter, Instagram, etc.) que lutem contra o conteúdo de ódio nas redes sociais, especifica a declaração israelense.