Início China Gigante chinês da indústria farmacêutica entra nos países lusófonos

Gigante chinês da indústria farmacêutica entra nos países lusófonos

Uma das maiores empresas farmacêuticas na China assinou hoje um protocolo em Macau para promover produtos de medicina tradicional chinesa nos países de língua portuguesa, anunciou o presidente da Associação Comercial Internacional para os Mercados Lusófonos.

“Vamos começar com o chá Wong Lo Kat”, um chá medicinal, feito à base de erva, afirmou Eduardo Ambrósio, aos jornalistas, à margem da cerimónia da assinatura de um protocolo de cooperação entre a Associação Comercial Internacional para os Mercados Lusófonos e a Guangzhou Pharmaceutical Holdings.

O foco da empresa, que segundo Eduardo Ambrósio é a maior de medicina tradicional chinesa, será inicialmente junto dos países africanos de língua portuguesa até porque estes produtos chineses “ainda não são muito aceites na Europa e no Ocidente”.

“Há muitos chineses e equipas médicas da China que estão a trabalhar em Angola e Moçambique” e por isso “a penetração dos medicamentos” nesses países será mais fácil, frisou o responsável.

À Lusa, também à margem da cerimónia, o secretário-geral-adjunto do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum de Macau) Paulo Jorge Rodrigues de Espírito Santo reforçou que este protocolo é importante, principalmente para os países africanos.

“Os países africanos de língua portuguesa têm medicina tradicional endógena” disse, reforçando: “sempre tivemos, sempre a respeitámos e sempre beneficiámos nos seus ensinamentos”.

“A China também tem e tem já num grau de uma verdadeira ciência e nós o que pretendemos nesta cooperação é que também a nossa atinja esse patamar de verdadeira ciência”, afirmou o embaixador são-tomense.

“Até agora a nossa medicina tradicional tem sobrevivido graças à tradição oral”, estando na ora de lhe dar “a sua devida dignidade”, disse.

O responsável acrescentou ainda que nestes países existe um “real valor de mercado, de facto, porque há algumas valências que já se demonstraram na medicina tradicional, sem pôr em causa a medicina ocidental”.

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