Caças, aviões antissubmarinos e navios de combate chineses realizaram hoje exercícios militares perto de Taiwan, numa operação que o exército chinês considerou “necessária” para salvaguardar a soberania da China.
A China intensificou os exercícios militares em torno de Taiwan, que considera como uma província sua, apesar de a ilha atuar como uma entidade política soberana.
“As recentes provocações EUA – Taiwan violaram gravemente a soberania chinesa”, disse o porta-voz do comando Leste, Shi Yi, em comunicado.
Os exercícios de assalto foram realizados perto da zona costeira sudoeste e sudeste de Taiwan.
O Ministério da Defesa de Taiwan disse, em comunicado, que compreendeu e avaliou totalmente a situação no mar e no ar e está preparado para reagir.
Em junho passado, a China colocou no ar um recorde de 28 caças em direção a Taiwan.
Na semana passada, oficiais da guarda costeira dos Estados Unidos e de Taiwan reuniram-se para discutir a melhoria da cooperação e da comunicação.
A reunião seguiu-se ao anúncio dos planos dos EUA para vender a Taiwan 40 veículos de artilharia autopropulsada M109A6, num negócio avaliado em 750 milhões de dólares (633 milhões de euros).
Os EUA mantêm apenas relações não oficiais com Taiwan em deferência a Pequim, mas são o principal fornecedor de armas da ilha e o mais importante aliado político.
China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas.
Pequim ameaça a reunificação pela força.