A vida passa monotonamente como um curso de água. Entre esta monotonia, um pouco de humor e alegria pode estimular o nosso cérebro e expandir a nossa mente.
Os britânicos são particularmente hábeis a gozar consigo próprios, fazendo pleno uso da ironia e do sarcasmo.
Com o funeral do Príncipe Filipe, no passado sábado, o Duque de Edimburgo deixa para trás uma população com saudades da sua pessoa e do seu sentido de humor.
Um exemplo disso são as várias participações do príncipe em cerimónias de inauguração. Antes do momento de revelação dizia à multidão: “Atenção, porque irão agora observar o inaugurador de placas com mais experiência no mundo inteiro”.
Em 1981, quando a economia britânica estava em recessão, disse: “Todos diziam que temos de ter mais lazer. Agora queixam-se de que estão desempregados”.
Mesmo em situações sérias, um comentário humorístico é capaz de aliviar a tensão.
Em Macau, o Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, também tem sentido de humor. Numa das presenças na Assembleia Legislativa, no caso, para discutir a recuperação da indústria de recordações, atirou: “Os residentes no continente não têm o hábito de comprar souvenirs, mas sim de comprar malas”. Em 2019, na conferência de imprensa em período de eleições, quando questionado sobre se os lucros de Macau eram um “poço sem fundo”, Ho Iat Seng respondeu: “Tenho um metro e setenta de altura e não morri afogado.”
Enfrentando todo o tipo de situações, ou até mesmo perigo, uma resposta com sentido de humor pode não ser a solução, mas consegue sempre animar o espírito.
E as pessoas de Macau, têm sentido de humor?
*Editor da edição em chinês do Plataforma