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China aberta a aprofundar relações com o Brasil

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A China está aberta a aprofundar os laços comerciais e de investimento com o Brasil e espera que a maior economia da América do Sul assegure um “ambiente empresarial não discriminatório” para as suas empresas.

Numa entrevista ao jornal brasileiro O Globo, o embaixador chinês em Brasília, Yang Wanming, reconheceu que em 2020 “a pandemia dificultou” as visitas de negócios, negociações comerciais e visitas técnicas a projetos, mas reconheceu que a situação “é momentânea”.

A China abriu mais de 2.500 empresas na América Latina, investiu mais de 430 mil milhões de dólares e criou mais de 1,8 milhões de empregos em termos cumulativos na região, acrescentou Yang. Na cooperação financeira, já foram aplicados 22 mil milhões de dólares de uma linha de crédito de 35 mil milhões de dólares.

No Brasil, disse Yang, a China acumulou investimentos de mais de 80 mil milhões de USD em setores como a agricultura, energia e mineração, infraestruturas, telecomunicações e eletricidade, criando mais de 40 mil postos de trabalho diretos.

“No ano passado, apesar dos desafios colocados pela pandemia, as empresas chinesas aumentaram os investimentos em projetos de infraestruturas, nova energia, agricultura e outros campos. Isto demonstra a confiança e o entusiasmo que os empresários chineses têm no Brasil. No contexto da pandemia, é ainda mais pertinente consolidar e expandir estes investimentos”, acrescentou o diplomata.

E acrescentou: “Esperamos que o lado brasileiro continue a proporcionar às empresas chinesas um ambiente de negócios imparcial, aberto, transparente e não discriminatório”.

O diplomata chinês, que no passado utilizou os meios de comunicação social para responder aos comentários críticos sobre a China de membros do Governo do Presidente Jair Bolsonaro, sublinhou na entrevista que os dois países são “parceiros estratégicos globais” e que a China pretende aprofundar essas relações “com uma política coerente” e manter “uma comunicação fluida e uma coordenação frequente com o Governo federal” e outras entidades.

“Esperamos trabalhar com o lado brasileiro para implementar o importante consenso dos dois chefes de Estado sobre as relações bilaterais, para consolidar e expandir a cooperação pragmática”, afirmou.

O crescimento da economia chinesa “irá certamente proporcionar ao Brasil um maior espaço para os respetivos produtos, tecnologias e serviços de qualidade”, disse Yang, convidando “mais empresas brasileiras a expandir os investimentos na China, especialmente em setores emergentes”.

*editado

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