Início Opinião Cuidado com a cultura das drogas

Cuidado com a cultura das drogas

David ChanDavid Chan*

Vários estados americanos descriminalizaram o uso de drogas, como resultado de uma cultura que há muito possibilita o uso pelos apoiantes da legalização. No Canadá, os apoiantes conseguiram até ganhar legitimidade suficiente para a criação de partidos políticos, usados como plataforma para promover a essa ideologia. A “descriminalização completa das drogas” é uma carta importante neste jogo político.

Um partido pela marijuana criado em 2000 usa uma folha de canábis como emblema e é liderado por Marc Emery, o maior cultivador e vendedor de marijuana do mundo. É um partido legal e formal, que promove a cultura do canábis entre jovens canadianos, chegando até aos EUA e México, sob a ideologia de democracia, liberdade e pluralismo. O slogan é: “Consumidores de drogas devem respeitar os não consumidores, tal como os não consumidores devem respeitar os consumidores”.

Políticos como Trudeau usam a legalização da marijuana como uma forma de transformar os problemas em sucessos. Em junho de 2018, seis líderes de seis cidades, Denver, Seattle, Portland, São Francisco, Los Angeles e Las Vegas, emitiram uma declaração conjunta apelando a que o governo federal retirasse a marijuana da listagem oficial de drogas. Por trás deste problema de uso de narcóticos está um problema político, e com a junção de capitalismo e política nasceu a legalização da marijuana. Os EUA estão cada vez mais perto da total legalização das drogas, sendo que o primeiro passo foi a marijuana.

Com a vitória do partido democrata durante as últimas eleições, ocorreu o segundo passo, com estados como Oregon e Washington a descriminalizar a posse de pequenas quantidades de drogas pesadas. Com a influência desta cultura, a China deve estar mais atenta do que nunca à possível infiltração desta no país. Ao longo dos últimos anos tem sido visível na Internet pessoas com ideais semelhantes, a gritar que a marijuana é uma droga leve, sem danos graves, e que deve ser tolerada, afetando apenas os que a consomem. 

É uma cultura que utiliza a perceção farmacológica para substituir a cognição social, que menciona danos pessoais em vez de danos sociais para alegar que é inofensiva. Chegam até a afirmar que possui efeitos calmantes e ajuda a desobstruir a personalidade dos consumidores. É assim que muitos jovens entram no mundo das drogas. 

A China adota uma posição de tolerância zero ao consumo de drogas. Desde 1949 que é o país que mais tem combatido as drogas após ter sofrido horrores com os tormentos que estas lhe trouxeram. O ocidente está consciente dos perigos, porém ultimamente são raros os políticos responsáveis. Agora, para conseguirem alguns votos, são capazes de tudo, e a legalização das drogas foi uma dessas decisões. Para a China não existe espaço para discussão na opinião pública no que diz respeito ao consumo de drogas. Não se trata de uma questão de liberdade de expressão, mas sim de respeito aos anteriores líderes da luta contra o consumo de drogas, um serviço para a posteridade.

‭ *‬Editor Senior

Contate-nos

Meio de comunicação social generalista, com foco na relação entre os Países de Língua Portuguesa e a China

Plataforma Studio

Newsletter

Subscreva a Newsletter Plataforma para se manter a par de tudo!