O painel de alto nível para uma economia sustentável do oceano, que integra 14 chefes de Estado e de Governo, incluindo o primeiro-ministro português, comprometeu-se a “restaurar a saúde” dos oceanos e a construir uma economia do mar sustentável.
“Temos a oportunidade e responsabilidade coletiva de proteger e restaurar a saúde do nosso oceano e construir uma economia oceânica sustentável que pode fornecer alimentos, capacitar comunidades costeiras, abastecer as nossas cidades, transportar bens e fornecer soluções inovadoras para os desafios globais”, lê-se no documento intitulado “Transformações para uma Economia Sustentável do Oceano” do painel de alto nível, subscritos pelos governantes.
Para os responsáveis, através deste compromisso, será possível dar um impulso à economia, tornando-a resiliente face a futuras crises. Por isso, os 14 chefes de Estado e de Governo desafiaram outros governantes, indústrias e demais partes interessas a juntarem-se a este objetivo.
“O oceano é a casa de muitos ecossistemas complexos que enfrentam ameaças significativas. As ações que tomamos agora podem salvaguardar a capacidade de regeneração do oceano […]. Ações rápidas devem ser tomadas hoje para enfrentar as alterações climáticas, acidificação, aquecimento dos oceanos, poluição marinha, pesca excessiva e a perda de habitats e biodiversidade”, sublinharam.
Segundo os governantes, a pandemia de covid-19 veio destacar a necessidade de um trabalho conjunto para dar resposta a estes desafios globais, além de ter aumentado a pressão financeira sobre os países em desenvolvimento.
Os governantes propõem-se a, até 2025, gerir de forma totalmente sustentável a área oceânica sob a jurisdição nacional, um caminho que esperam que seja seguido por todos os Estados costeiros e oceânicos até 2030.
Adicionalmente, ambicionam que, na próxima década, a energia do oceano seja uma das principais fontes de energia, que o turismo costeiro e oceânico seja sustentável e resiliente, que os investimentos em transporte marinho acelerem a transição para embarcações com baixo impacto e zero emissões e que as atividades de mineração marinha no fundo do mar sejam cientificamente informadas e ecologicamente sustentáveis.
O painel integra, entre outros os primeiros-ministros de Portugal, Austrália, Japão e Noruega, e os presidentes da Indonésia, México, Namíbia e Palau.
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