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Empresários em greve contra raptos em Moçambique

Um grupo de empresários na cidade da Beira, província de Sofala, centro de Moçambique, anunciou que vai paralisar, por três dias, a partir da sexta-feira, as suas atividades em protesto contra a onda de raptos no país.

“Esta é uma manifestação dos indignados, mas ao mesmo tempo é um apelo coletivo para que o Estado moçambicano, de uma vez por todas, apresente resultados concretos, consistentes e palpáveis na luta contra este mal”, declarou o empresário Zeyn Badati, falando em representação do grupo durante uma conferência de imprensa na cidade da Beira.

O grupo pede uma ação mais pujante por parte do Estado para conter a onda de raptos contra empresários e seus familiares no país, considerando que a situação parece estar fora de controlo.

“Não se trata, de modo algum, de uma medida para paralisar a economia local, tanto mais que temos consciência plena que isso não acontecerá nem deve acontecer, mas desta forma simbólica manifestamos de forma pacífica e determinada o nosso envolvimento no objetivo comum: exigir que o Estado cumpra a sua parte “, frisou Zeyn Badati.

Na sexta-feira, a polícia moçambicana na província de Sofala anunciou a detenção de seis suspeitos de raptar empresários no centro do país, durante uma operação do Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic).

As detenções ocorreram em diferentes momentos, na capital provincial, nas residências dos suspeitos, acerca dos quais a polícia se escusou a dar mais detalhes, alegando investigações em curso.

Na semana passada, homens armados mataram a tiro um empresário na baixa de Maputo, capital do país.

O homicídio avoluma o número de crimes contra empresários ou seus familiares registados este ano em Moçambique.

Desde o início de 2020, as autoridades moçambicanas registaram um total de nove raptos no país cujas vítimas são empresários ou seus familiares.

Em julho, o presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Agostinho Vuma, foi alvejado e ferido ao sair do seu escritório, na baixa da capital, num caso ainda por esclarecer.

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