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Câmaras gastaram 31 milhões de euros no combate à pandemia. Cascais lidera investimentos

Rita Rato Nunes

Máscaras, serviços de limpeza e desinfeção, hospitais de campanha, testes de rastreio ou de imunidade, ajuda social, computadores ou publicidade às medidas de prevenção do novo coronavírus. Em tudo isto e muito mais as autarquias portuguesas gastaram, pelo menos, 31 milhões para responder à pandemia, contabilizou o DN através da análise de 358 contratos públicos com a designação covid-19. Cascais foi o município que mais investiu, desde março.

As câmaras municipais de Cascais, Oeiras, Lisboa, Vila Nova de Gaia e do Porto foram as que mais dinheiro despenderam na resposta à pandemia de covid-19 desde março – o mês em que o novo coronavírus começou a registar casos em Portugal – até agosto, de acordo com informações disponíveis no Portal Base, a plataforma do Estado onde são publicados todos os contratos públicos.

O DN consultou 358 contratos celebrados pelas autarquias portuguesas em que consta a palavra covid-19 na designação, desde o primeiro dia do mês de março até 30 de agosto. O resultado da soma são 30 601 097 milhões de euros gastos pelas câmaras municipais com as mais variadas justificações.

Se a maioria dos investimentos diz diretamente respeito à área da saúde (compra de equipamentos de proteção individual, testes de rastreio à covid-19 ou de imunidade, contratação de serviços de limpeza, desinfeção, equipamentos para hospitais), destaca-se também a quantidade de contratos na área social, educativa, na vigilância e até na divulgação das medidas de prevenção sanitárias contra o novo coronavírus.

Nos primeiros meses da pandemia, nota-se uma especial preocupação, para além da compra de máscaras e desinfetantes, com a aquisição de computadores e de serviços de internet móvel quer no âmbito do teletrabalho quer como uma forma de diminuir as desigualdades no ensino, através da doação ou do empréstimo de equipamentos informáticos aos alunos que passaram a ter aulas à distância.

Os contratos têm os mais variados objetivos, desde o reforço dos transportes públicos, em Vila Nova de Famalicão, ao aluguer de quartos de hotel para os profissionais de saúde na primeira linha do combate ao vírus, em Oeiras. Passando pelas licenças corporativas da plataforma de videochamada Zoom, na Maia, até aos estudos, encomendados pela Câmara Municipal de Lisboa, no valor de 19 950 euros para perceber o impacto que um surto de covid tem nas atitudes e nos comportamentos dos cidadãos e a forma como estes utilizam a cidade.

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