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Costa segura a ministra do Trabalho com a benção da Igreja

João Pedro Henriques

Após a tempestade política causada pela entrevista da ministra do Trabalho, o primeiro-ministro deu um voto de confiança. a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade Social (CNISS) e a União das Misericórdias Portuguesas (UMP) também se colocaram do lado de Ana Mendes Godinho.

“Tenho toda a confiança na ministra pelo trabalho excecional que tem vindo a fazer e que vai continuar a fazer.”

Depois de, no sábado, se ter colocado no centro de uma tempestade política por causa de uma entrevista que deu ao Expresso, a ministra Ana Mendes Godinho recebeu nesta terça-feira a solidariedade do primeiro-ministro e a garantia de viva voz de que tem a sua confiança política. Aconteceu numa visita que o chefe do governo fez de manhã ao Comando Nacional de Emergência e Proteção Civil, em Carnaxide.

Nesta quarta-feira, os dois estarão juntos, à tarde, numa cerimónia no Ministério do Trabalho, em Lisboa, para assinatura de declaração de compromisso de parceria para Reforço Excecional dos Serviços Sociais e de Saúde e lançamento da versão 3.0 do programa PARES 3.0 (Programa de Alargamento para a Rede de Equipamentos Sociais).

Na entrevista, a titular da pasta do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social reconheceu que não tinha lido o inquérito que a Ordem dos Médicos fez ao surto de covid-19 que matou 18 pessoas num lar em Reguengos de Monsaraz (16 pacientes, uma funcionária e um homem da comunidade). Salientou que a sua preocupação em relação aos lares era menos com os casos concretos e mais com os problemas estruturais, afirmando ainda que a situação global nos lares não é “demasiado grande em termos de proporção”.

A entrevista foi publicada no sábado e desde então passaram três dias, com o PS completamente em silêncio. O CDS e o Chega pediram a demissão da ministra e o PSD pediu explicações no Parlamento (que está fechado, só estando uma conferência de líderes marcada para 9 de setembro).

Costa interrompeu ontem o silêncio para assegurar a continuidade de Ana Mendes Godinho no executivo – mas assinalando ao mesmo tempo que essa continuidade depende a todo o tempo da sua avaliação: “Não vale a pena pedirem a demissão de membros do governo, porque quando eu não tiver confiança em algum membro do governo eu resolvo o problema.”

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