O Instituto de Promoção do Comércio e Investimento de Macau (IPIM) deu residência até 2019 a um gerente de uma empresa que, em média, ficou menos do que um mês em Macau por ano. Por ser considerado quadro dirigente, conseguiu também estatuto de residente para a mulher e as filhas.
O caso foi tratado pela alegada rede que está a ser julgada no Tribunal Judicial de Base por corrupção e falsificação de documentos, mas que não envolveu as antigas chefias do IPIM. Também não há provas de pagamentos suspeitos.
A acusação diz que o empresário Ng Kuok Sao chegou a cobrar entre um milhão a um milhão e meio de patacas por uma autorização de residência conseguida através do IPIM. O dinheiro seria distribuído pela alegada associação criminosa da qual o antigo presidente do IPIM Jackson Chang também faria parte.
Mas, no caso discutido esta terça-feira em tribunal, o Comissariado contra a Corrupção (CCAC) não sabe quanto terá sido pago a Ng Kuok Sao. “Não conseguimos apurar o montante”, disse o investigador responsável que, mesmo sem provas, manteve que “houve pagamentos” porque houve “prestação de serviços”.
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