O Banco Fomento Angola (BFA) anunciou hoje que vai pronunciar-se “nos próximos dias” sobre os motivos da demissão do gestor português António Domingues, do cargo de vice-presidente da instituição, alegadamente envolvido em crimes de branqueamento de capitais.
Em mensagem enviada à Lusa, o Banco Fomento Angola garante publicar, “nos próximos dias”, uma nota de imprensa “com esclarecimentos” sobre António Domingues, que na semana passada se demitiu do cargo de vice-presidente da instituição bancária.
António Domingues, eleito para o cargo no início do ano, apresentou a sua demissão do Banco Fomento Angola por “assuntos internos do banco angolano”, detido em 48,1% pelo português BPI, decisão, cujos motivos, foram já informados, através de carta, ao Banco Nacional de Angola (BNA), segundo a imprensa angolana.
Segundo o portal angolano Maka Angola, a demissão de António Domingues “é mais uma batata quente” que o BNA terá de decidir, pelo facto do vice-presidente demissionário do BFA estar supostamente envolvimento em branqueamento de capitais no exercício das suas funções.
O BFA informa no seu ‘site’ que António Domingues e Otília Carmo Faleiro, a seu pedido, cessaram os mandados como membros dos órgãos sociais, com efeitos imediatos, a partir de 06 e 08 de julho, respetivamente.
Para o Maka Angola, do atual conselho de administração do BFA poderão estar envolvidas nos crimes de branqueamento de capitais Otília Faleiro e Manuela Moreira, que cessou igualmente funções na instituição bancária.
“O então presidente Mário Leite Silva, gestor do universo empresarial de Isabel dos Santos, também é visado na questão, bem como Jorge Ferreira, presidente da comissão executiva”, lê-se no portal de investigação do ativista e jornalista angolano Rafael Marques.