Quase 10 mil pessoas morreram fora de hospitais por causas naturais em São Paulo, Rio, Fortaleza e Manaus
Já era por volta de 2h30 quando João ouviu os gritos do vizinho pedindo socorro. Quando entrou na casa, viu Adélia, septuagenária, na cama sem conseguir respirar. Pensando ser infarto, ele tentou fazer massagem cardíaca, sem sucesso.
A ambulância com um enfermeiro demorou cerca de 40 minutos para se deslocar até o lugar, na parte alta da favela da Rocinha, no Rio de Janeiro. Quando chegou, Adélia já estava morta. Foram mais duas horas esperando outra ambulância subir o morro com um médico para atestar o óbito.
Adélia —os nomes foram trocados a pedido— vinha tossindo e sentindo falta de ar a semana inteira, e convivia com a filha e o neto que tiveram sintomas de Covid-19. A família, porém, nunca quis fazer o teste.
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