Início Lusofonia Fórum Macau pede maior sinergia entre cooperação multilateral e bilateral do grupo contra Covid-19

Fórum Macau pede maior sinergia entre cooperação multilateral e bilateral do grupo contra Covid-19

A secretária geral do Secretariado Permanente do Fórum de Macau, Xu Yingzhen, pediu nesta terça-feira que se estabeleça “uma sinergia maior entre a cooperação multilateral e a cooperação bilateral” dos membros do grupo para frear a expansão da COVID-19 “através da cooperação em medicina tradicional”.

Xu Yingzhen foi uma dos participantes do seminário online “Cooperação Internacional contra a COVID-19”, organizado pelo consulado-geral da China no Rio de Janeiro, no qual assegurou que o Secretariado Permanente do Fórum de Macau continuará fazendo a ponte entre a China e os países de língua portuguesa (PLPs) para lutarem juntos contra a pandemia.

Falando ao público que incluiu o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, o cônsul-geral no Rio de Janeiro, Li Yang e várias autoridades brasileiras, a secretária recordou que “a epidemia da COVID-19 não trouxe somente um enorme risco à saúde e à vida dos seres humanos, mas também provocou implicações dolorosas no setor socioeconômico e na vida cotidiana dos povos do mundo. A COVID-19 criou uma crise global e desafios sem precedentes. Por isso, é imperioso para todos os países se empenharem em conjunto no diálogo e na cooperação para vencer com forças unidas esta batalha contra a COVID-19 na comunidade internacional.”

Nesse sentido, acrescentou ser “essencial a convocação dos seminários de cooperação internacional contra a COVID-19, contando com a participação de diversas instituições”, citando entre elas, a embaixada da China no Brasil, o consulado-geral da China no Rio de Janeiro, o gabinete dos assuntos estrangeiros do governo da Província de Sichuan, bem como outros departamentos dos governos regionais do Brasil.

Xu Yingzhen recordou que “desde a eclosão da epidemia, o governo chinês vem adotando, com firme determinação e coragem resoluta, as medidas de prevenção e controle da COVID-19 da forma mais abrangente, rigorosa e completa” e destacou que “apesar do enorme custo e sacrifício, o povo chinês respondeu com solidariedade”.

“Todos os esforços visaram conseguir conter efetivamente a transmissão do vírus, obtendo a grande vitória contra a expansão da COVID-19 e retomando a normalidade da produção e da vida cotidiana no país”, acrescentou a secretária, que ressaltou ainda que “as experiências e práticas de sucesso no combate ao vírus por parte da China têm proporcionado uma referência valiosa a outros países”.

Segundo Xu Yingzhen, “por ter aderido ao conceito de uma comunidade com futuro compartilhado para a humanidade, a China não só continua se empenhando em conter a epidemia no país, como também oferece assistência a outros países no combate à COVID-19, se destacando no envio de equipes médicas, na oferta de materiais de prevenção e controle epidêmicos e no compartilhamento de informações e experiências de tratamento obtidas em todo o mundo”.

Ao mencionar, especificamente, as relações da China com os países de língua portuguesa, a secretária geral do Fórum de Macau ressaltou as “inúmeras iniciativas de cooperação ao longo dessa guerra contra a COVID-19”, citando que vários departamentos governamentais, empresas, instituições, bem como os povos desses países “prestaram apoios valiosos à China no auge da propagação do vírus no país”.

“O governo da China, assim como as empresas, e as comunidades chinesas no exterior também estão unidos para retribuir com ações concretas que ajudem esses países a frear a epidemia. Isso constitui um retrato vivo da construção conjunta da Comunidade com Futuro Compartilhado Sino-Lusófona”, acrescentou.

Entre as iniciativas de ajuda da China, Xu Yingzhen destacou que grandes cidades chinesas, tais como Beijing, Shanghai, Guangzhou, Shenzhen, Zhuhai e Shenyang, “lançaram proativamente iniciativas de doação de materiais de prevenção às suas ‘cidades irmãs’ em Portugal e no Brasil, incluindo máscaras, equipamentos de proteção e kits de detecção”.

“O governo chinês disponibilizou 40 toneladas de materiais de prevenção, principalmente, respiradores, máscaras N-95, equipamentos de proteção e luvas, para os 18 países da África Ocidental, entre eles Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. As fundações Jack Ma e Alibaba, por sua vez, doaram suprimentos médicos aos PLP em vários lotes”.

“Além disso, outras empresas chinesas, tais como o Banco da China, a Fosun Pharmaceutical e a China Three Gorges Corporation também ofereceram materiais médicos a Portugal. A Vila Huaxi da Província Jiangsu e o Derom Medical Group doaram um lote de materiais médicos a Moçambique e, no caso de Timor-Leste, a China foi o primeiro país que fretou aviões para transportar suprimentos médicos ao país”, acrescentou a secretária.

Especificamente ao Brasil, ela destacou que “no momento da grave escassez de materiais médicos, a China respondeu prontamente ao pedido do Brasil, atendendo a uma grande quantidade de encomendas de materiais médicos, que totalizaram 960 toneladas transportadas em 40 voos”.

A secretária geral do Fórum de Macau destacou ser necessário “estabelecer uma maior sinergia entre a cooperação multilateral e a cooperação bilateral para conter a epidemia através da cooperação em medicina tradicional”.

Para Xu Yingzhen, deve-se compartilhar os avanços obtidos pela promoção conjunta do “combate à epidemia, complementado pela medicina tradicional, no quadro de cooperação multilateral” e ressaltou que atualmente, o Secretariado Permanente “está cooperando com o consulado-geral da China no Rio da Janeiro no sentido de disponibilizar uma série de vídeos promocionais sobre “Prevenção e Tratamento da COVID-19 com a Medicina Tradicional” na página eletrônica do Secretariado Permanente, para divulgar as experiências terapêuticas às partes participantes do Fórum de Macau.

Xu Yingzhen defendeu também a necessidade de “reforçar a cooperação econômica e comercial no período pós-epidêmico para enfrentar em conjunto os impactos no setor econômico” e considerou ser “imperativo convocar toda a comunidade internacional para enfrentar conjuntamente a recessão econômica e promover a retomada da economia no período pós-epidêmico”.

Segundo a secretária, “os participantes do Fórum de Macau devem reforçar ainda mais a cooperação em diversas áreas do setor socioeconômico, aproveitando plenamente o mecanismo institucional do Fórum de Macau e o papel de Macau enquanto Plataforma no quadro da preparação da 6ª Conferência Ministerial”.

Xu Yingzhen defendeu ainda “discutir a criação de um mecanismo cooperativo em resposta a incidentes de saúde pública, com um balanço abrangente sobre as experiências e lições adquiridas no combate à COVID-19, reforçar o intercâmbio de informações e a cooperação na resposta a emergências causadas por incidentes de saúde pública”.

O Fórum para a Cooperação Econômica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum de Macau) é um mecanismo multilateral de cooperação intergovernamental. Foi criado em 2003 por iniciativa do governo chinês, em coordenação com oito países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

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