O episódio ocorreu a 26 de novembro, quando dois militares da Guarda Nacional foram atingidos por disparos numa emboscada descrita pelas autoridades como um “ataque direccionado”. O FBI abriu uma investigação por possível terrorismo e analisa as motivações do atirador.
Lakanwal foi detido após ter sido baleado e encontra-se sob custódia. As autoridades confirmam que entrou no país durante a operação Operation Allies Welcome, destinada a afegãos que tinham apoiado os Estados Unidos ao longo dos 20 anos de intervenção no Afeganistão.
Alguns meios de comunicação referem que o suspeito poderá ter trabalhado com a CIA ou com forças militares norte-americanas, mas essa informação não foi oficialmente confirmada. Até agora, as autoridades apenas reconhecem que fazia parte do grupo de afegãos admitidos por colaboração prévia com estruturas dos EUA.
Suspensão da imigração afegã
Poucas horas após o ataque, o USCIS (Serviço de Cidadania e Imigração) anunciou a suspensão imediata de todos os pedidos de imigração relacionados com cidadãos afegãos, justificando a decisão com a necessidade de rever os procedimentos de segurança e de verificação de antecedentes utilizados desde 2021.
O Presidente Donald J. Trump classificou o ataque como um “acto terrorista” e defendeu que todos os afegãos admitidos durante o governo anterior devem ser reavaliados. A Casa Branca afirma que a suspensão permanecerá em vigor até ao fim da revisão interna.
Repercussões políticas
O caso reacendeu o debate sobre o processo de reassentamento de afegãos após a retirada militar dos EUA. Críticos dizem que o programa foi acelerado sem verificações suficientemente rigorosas, enquanto organizações humanitárias alertam que a suspensão pode colocar em risco afegãos que aguardam aprovação enquanto enfrentam ameaças no seu país de origem.
O tema deverá dominar as próximas semanas em Washington, especialmente entre legisladores republicanos que defendem novas restrições à imigração e ao acolhimento de refugiados.