Não é bonito de se ver o dia seguinte ao anúncio do que vai ser o novo quadro de “tarifas comerciais recíprocas”, revelado por Donald Trump, na quarta-feira. E pelo que se vai vendo e ouvindo, os próximos tempos também não devem ser propriamente agradáveis. É a “guerra comercial” a ganhar forma.
Vários analistas consultados consideram que o evento do Presidente dos Estados Unidos, no Jardim das Rosas, é o maior ataque à economia do livre comércio alguma vez feito desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945); é o maior pesadelo económico da Europa, assim como de outros países (que o digam Canadá, México e muitas e enormes indústrias campeãs americanas, que dependem de importações para produzir).
E é uma dor de cabeça que estava a passar e agora parece voltar porque estas tarifas devem produzir inflação, colocando novamente as famílias e empresas europeias sob ameaça dos juros – isto é, pode ter interrompido abruptamente, mais cedo do que o esperado, o tão desejado ciclo de descida do Banco Central Europeu (BCE).
Na quarta, a partir das 21h em Portugal, Trump largou a bomba que muitos já esperavam. Tarifas “recíprocas”, que vão desde um mínimo de 10% sobre as importações do Reino Unido, por exemplo (um dos setes países menos fustigados no rol de 25 alvos elegidos pela fúria protecionista).
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