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Assad, o quinto ditador vítima da Primavera Árabe

Presidente sírio foi desafiado tal como Ben Ali, Kadhafi, Mubarak e Ali Saleh em 2011, mas resistiu durante 13 anos e a sua queda agora é uma surpresa.

Quando em dezembro de 2010 um vendedor ambulante tunisino se imolou em Sidi Bouzid pelo fogo para protestar contra a prepotência da polícia, desencadeou no país uma revolta popular que depressa alastrou a todo o mundo árabe. No espaço de pouco mais de um ano, quatro ditadores foram derrubados, não só Ben Ali, na Tunísia, como Hosni Mubarak no Egito, Muammar Kadhafi na Líbia e Ali Saleh no Iémen. Bachar al-Assad, na Sîria, foi também desafiado, e uma rebelião armada tomou conta de boa parte do país, mas o regime sobreviveu durante 13 anos graças ao apoio militar da Rússia e do Irão, mesmo nunca reconquistando todo o território. Agora, também Assad caiu, depois de ofensiva relâmpago da oposição islamita, que beneficiou dos russos estarem mais preocupados com a guerra na Ucrânia e o iranianos, mais o seu aliado Hezbollah (outro apoiante do regime de Damasco), estarem a enfrentar Israel.

Ben Ali morreu no exílio na Arábia Saudita, Kadhafi foi morto durante a guerra civil líbia (onde a NATO apoiou a oposição), Mubarak morreu num hospital militar depois de estar anos preso, Ali Saleh foi morto pelos houthis no Iémen depois de um regresso ao país em que revelou ter ainda ambições políticas. Assad, por seu lado, terá fugido agora da Síria. A guerra civil síria deixou como legado meio milhão de mortos, sete milhões de deslocados internos e seis milhões de refugiados, boa parte na vizinha Turquia.

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