Antes do confronto de terça-feira contra o rival republicano Donald Trump, em Filadélfia, Harris irá para Pittsburgh, onde irá traçar estratégias com conselheiros e aperfeiçoar as suas linhas de ataque, informaram o The Washington Post e a CNN.
Ela não tem eventos de campanha programados, mas espera-se que participe em reuniões informais com eleitores.
A entrada de Harris na corrida, há seis semanas, aumentou o entusiasmo entre os democratas que estavam desanimados com as hipóteses do Presidente Joe Biden contra Trump – mas ambos os partidos estão a preparar-se para uma eleição renhida a 5 de novembro.
Espera-se que a Pensilvânia, a Geórgia e um conjunto de outros estados decisivos sejam decisivos e as sondagens mostram a maioria dessas corridas dentro da margem de erro.
O debate – que marca o início da fase mais intensa da campanha – será o primeiro encontro entre Harris e Trump, uma vez que o antigo presidente se recusou a assistir à tomada de posse de Biden depois de ter alegado falsamente que foi enganado nas eleições de 2020.
O encontro de Harris na Pensilvânia reflecte a semana de preparação de Biden em Camp David, no Maryland, para o seu calamitoso debate de 27 de junho com Trump, que efetivamente terminou a sua campanha presidencial.
Ela recrutou a consultora de “House of Cards” Karen Dunn, que liderou a preparação do debate para Barack Obama em 2012 e Hillary Clinton em 2016, bem como a conselheira política de topo Rohini Kosoglu.
Trump, 78 anos, disse que se está a preparar, tal como fez contra Biden, através de discursos na campanha e discussões políticas com um círculo restrito de assessores.
Na quarta-feira, participou numa reunião da Fox News em Harrisburg, capital da Pensilvânia, e na quinta-feira discursará à distância numa reunião da Coligação Judaica Republicana em Las Vegas e pessoalmente no Clube Económico de Nova Iorque.
A vice-presidente esteve pela última vez em Pittsburgh na segunda-feira, onde visitou sindicalistas com Biden e fez eco da sua oposição à venda da US Steel à japonesa Nippon Steel.
A US Steel fechou um acordo de venda no valor de 14,9 mil milhões de dólares em dezembro, mas a transação enfrentou uma avalanche de oposição política após a sua condenação pelo sindicato United Steelworkers.
A empresa avisou na quarta-feira que poderia encerrar a sua sede e as suas fábricas na Pensilvânia se a aquisição fosse bloqueada.
Os apoiantes do acordo elogiaram a transação como uma tábua de salvação para uma das indústrias que definem o oeste da Pensilvânia.
Trump também prometeu bloquear o negócio, enquanto o seu companheiro de campanha J.D. Vance liderou a oposição do Congresso à aquisição, descrevendo a produção nacional de aço como uma prioridade de segurança nacional.
*Com AFP
