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China “apoia totalmente” Palestina como Estado-membro da ONU

O Governo chinês confirmou ontem que “apoia totalmente” a incorporação da Palestina como Estado-membro de pleno direito da ONU e espera uma decisão rápida do Conselho de Segurança, órgão responsável por endossar esta entrada.

A Palestina precisa de somar pelo menos nove votos a favor para completar a sua adesão às Nações Unidas, bem como necessita que nenhum dos países com direito de veto, incluindo a China, se pronuncie contra ela. Os Estados Unidos, que também têm esse poder, manifestaram dúvidas.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, defendeu hoje que a atual escalada do conflito na Faixa de Gaza entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas deve servir para lembrar que é necessária uma solução para o problema.

“A única forma de quebrar a espiral de conflitos entre palestinianos e israelitas é implementar plenamente a solução de dois Estados”, que envolve “estabelecer um Estado independente da Palestina e resolver a injustiça histórica”, enfatizou Mao em conferência de imprensa.

Israel e Hamas estão a negociar um acordo, com a mediação do Egito, dos Estados Unidos e do Qatar, com vista a uma trégua no conflito que se prolonga há mais de seis meses na Faixa de Gaza, enclave palestiniano afetado por uma grave crise humanitária.

Na base do acordo está a cessação das hostilidades, a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza e a libertação de mais de uma centena de reféns em posse do Hamas.

O conflito em curso na Faixa de Gaza foi desencadeado pelo ataque do grupo islamita Hamas em solo israelita de 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades.

srael e Hamas estão a negociar um acordo, com a mediação do Egito, dos Estados Unidos e do Qatar, com vista a uma trégua no conflito que se prolonga há mais de seis meses na Faixa de Gaza © – / AFP

Desde então, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que provocou mais de 33.000 mortos, segundo o Hamas, que governa o pequeno enclave palestiniano desde 2007.

A retaliação israelita está a provocar uma grave crise humanitária em Gaza, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa “situação de fome catastrófica” que já está a fazer vítimas – “o número mais elevado alguma vez registado” pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.

O conflito ameaça alargar-se a outras regiões do Médio Oriente, em resultado do aumento da tensão entre Israel e o Irão e os grupos radicais apoiados por Teerão.

Plataforma com Lusa

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