O Conselho Nacional de Educação (CNE) publicou o estudo “Estado da Educação 2022 (edição 2023)” e, à semelhança do ano passado, as conclusões explanam variados problemas no setor. A falta de professores volta a ser uma das questões apontadas como problemática, apesar de registar um ligeiro aumento no número geral de diplomados. Os 150 648 docentes, distribuídos pelos diferentes níveis/ciclos de educação e ensino e pelas diferentes regiões do país, não são suficientes para garantir professores para todos os alunos, mesmo com muitos a transitarem do setor privado para o público.
Numa análise comparativa do número total de docentes colocados no Continente em 2012/2013 (150 311) com o valor de 2021/2022 (150 649), houve um aumento de 338 docentes no sistema educativo, valor que o CNE considera “pouco expressivo”, mesmo considerando as migrações entre o privado e o público (2021/2022 registou mais 2202 docentes no ensino público e menos 1864 docentes no privado). Em 2021/2022, 1682 diplomados concluíram cursos que conferem habilitação para a docência (mais 151 face ao ano anterior), número que, segundo o CNE, não compensa as aposentações (2206), traduzindo-se num saldo negativo. E há disciplinas (Grupos de Recrutamento) onde o problema tem grande expressão.
Leia mais em Diário de Notícias