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Rússia nega na ONU que tenha deportado crianças ucranianas

A Rússia negou nesta terça-feira (23) na ONU que tenha deportado milhares de crianças ucranianas para seu território desde que começou a invasão da Ucrânia, apesar das acusações de Kiev, da Justiça internacional e de várias ONGs.

O Comitê de Direitos das Crianças das Nações Unidas, que analisa o caso no marco em uma reunião ordinária, pediu à Rússia na segunda-feira (22) que responda às “acusações de deportação”. 

“Desde fevereiro de 2022, a Federação da Rússia não se envolve em deportações de cidadãos ucranianos a seu território”, respondeu nesta terça-feira o chefe da delegação russa, Alexei Vóvchenko, vice-ministro de Trabalho e da Previdência Social.

“Cerca de três milhões de residentes da Ucrânia, incluindo várias crianças, foram acolhidos na Federação Russa. A maioria das crianças vieram com suas famílias ou tutores, foram instaladas em abrigos temporários ou com parentes”, explicou.

O vice-ministro afirmou ainda que acompanha a situação de “mais de 5.000 crianças”. 

A Rússia, que invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, reivindica a anexação de cinco regiões ucranianas. Começou com a Crimeia em 2014, seguida, em 2022, pelas regiões de Luhansk, Donetsk, Zaporizhzhyia e Kherson. 

A Ucrânia estima que 20.000 crianças ucranianas tenham sido enviadas à força para a Rússia. Cerca de 400 foram repatriadas pelas autoridades. 

No ano passado, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu ordens de prisão contra o presidente russo, Vladimir Putin, e a comissária para os Direitos da Criança, Maria Lvova-Belova, pela “deportação” de milhares de crianças ucranianas. 

A Rússia rejeita veementemente estas acusações e afirma que “o reassentamento das crianças evacuadas é realizado, principalmente, a seu pedido e com seu consentimento”, segundo um documento que a Rússia enviou ao Comitê de Direitos da Criança no ano passado.

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